Ademir Fernandes de Sousa

EDIFICAR

Data: 29/11/2012
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

...ROTEIRO DE VIDA...

   Reestudando as cartas do Apóstolo Paulo de Tarso, lembrei-me de um detalhe muito importante para nossa vida. Busquei então no excelente livro “Paulo e Estevão”, de Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, onde nos narra de forma real toda sua história e transformação. Perseguidor de cristãos, quando ainda se chamava Saulo, torna-se um dos maiores divulgadores do Cristianismo ao encontrar-se com Jesus na estrada de Damasco, por Ele chamado à razão para o grande compromisso assumido, tornando-se a partir dessa oportunidade um dos seguidores mais fiéis do Cristo de Deus. Além da sugestão de leitura do best-seller, queremos enfocar aqui é um encontro de Paulo com duas almas iluminadas e voltadas à sua evolução: Abigail; a sua noiva e seu irmão Estevão (Jeziel); o primeiro mártir do Cristianismo. Trata-se de diálogo decisivo na vida de Paulo e pode ser também decisivo na nossa vida, se o desejarmos de verdade. Resumirei a conversa, mantendo sua essência nas quatro perguntas feitas por Paulo a Abigail...
- Paulo: Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo?
- Abigail: AMA!
- Paulo: Como fazer para que a alma alcance tão elevada expressão de esforço com Jesus Cristo?
- Abigail: TRABALHA!
- Paulo: Que providência adotar contra o desânimo destruidor?
- Abigail: ESPERA!
- Paulo: Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens?
- Abigail: PERDOA!...
   Repleto de paz, serenidade e compreensão, Paulo guarda o lema de Abigail para sempre, tendo como companheiros inseparáveis: AMOR, TRABALHO, ESPERANÇA E PERDÃO...

   As quatro palavras acima são uma verdadeira receita de Jesus, um ROTEIRO DE VIDA. Quem ama compreende melhor todos à sua volta; quem trabalha equilibra-se em todas as situações; quem espera confia que há o tempo certo para tudo; quem perdoa liberta-se de amarras e segue ao encontro da luz. Com tais virtudes nos precavemos da ansiedade, das esperanças que se frustram, dos ódios que escravizam, dos condicionamentos e medos que travam. São conselhos úteis, necessários, vitais em nosso cotidiano, individualmente e na família ou no meio social. A ausência deles causa momentos difíceis para a Humanidade...
   Amar é uma das maiores virtudes e tem uma amplitude gigantesca. Mas está também nos pequenos detalhes diários. Na busca de olhares mais positivos, de pensamentos e sentimentos mais elevados, de atitudes mais nobres diante da vida. É desejar o melhor para todos, é querer ver os semelhantes bem, é vibrar para que haja êxito nos objetivos das pessoas em geral. Jesus ensinou que receberemos de acordo com o que desejarmos. E amar, além de ser ótimo exercício cristão, nos faz sentir intimamente bem, pois nossa mente e nosso coração permanecem com paz de consciência e cumprimento do dever...
   Trabalhar está relacionado com os serviços profissionais ou caseiros, mas qualquer ocupação útil em favor do bem é um trabalho. Ajudar, conversar, ouvir. Toda tarefa “grande ou pequena” é uma forma de prestação de serviço. Jesus disse que o Pai (Deus) trabalha até hoje e que Ele trabalha também. Isso nos sugere a prática de atividades em favor do rendimento da vida, da plenitude da existência, da transformação do mundo. Pode até parecer uma utopia, mas é uma questão racional e óbvia. Cada tarefa realizada significa contribuição para que todos possam repousar em conjunto...
   Esperar é acreditar, ter fé, paz, tranqüilidade, paciência. Jesus considerou que não devemos nos inquietar tanto pelo dia de amanhã, pois o amanhã cuidará de si.  Esperar é ter esperança e plena confiança que tudo terá um resultado de acordo com o que é bom para nós, aquilo que precisamos realmente, pois Deus sabe sempre melhor que nós tudo que é importante, justo, útil e ideal para nossa vida. Esperar significa também resignação e esta é ponte para a realização de projetos, para resolução de problemas, para respostas às indagações, para soluções gratificantes e práticas...
   Perdoar é esquecer o mal, as ofensas e ataques, é deletar os venenos da ira, excluir a lama negativa da mágoa, nos livrarmos de tudo que tenta nos atrasar a caminhada. Quando perdoamos e vibramos em favor das pessoas, nos libertamos das correntes que nos prendem quando estamos agarrados às lembranças negativas, aos ódios e ressentimentos que nos fazem mais infelizes e enfermos. Libertos, tornamo-nos criaturas mais alegres, saudáveis e exemplificamos com a nova postura, o cristão que há em nós. Jesus enfatizou que devemos perdoar setenta vezes sete cada situação que nos desagrada e sugeriu também perdoarmos os que se colocam na condição de nossos adversários ou inimigos...
   Novamente aproxima-se mais um final de ano. Natal, Ano Novo, confraternizações, festas. É um período ideal para reflexões, para edificar o novo prédio da nossa vida. Quantos andares ele terá? Com quantas salas, janelas, portas ele contará? Meditemos nesse aspecto: “Cada andar deve ser um propósito de amor por tudo e todos que também sonham com algo melhor. Cada sala é um plano de trabalho em favor da coletividade que luta para sobreviver às dificuldades. Cada porta é uma nova oportunidade de espera, confiando que os objetivos vão dar certo. Cada janela é um horizonte para o perdão que ilumina, pacifica, dá vida. E no alto do nosso edifício, onde estão alojados o coração e a mente, encontramos também o espaçoso terraço da renovação. Nele, há uma enorme mesa em forma de coração, cercada por cadeiras ornamentadas por flores perfumadas e um grande farol de luz multicor irradiando felicidade e paz. E nessas dezenas, centenas, milhares de cadeiras, estão as pessoas que amamos, por quem trabalhamos, aquelas que esperamos e todos que perdoamos. Enfim, estão ali os seres que passaram a fazer parte de nossa família; a grande FAMÍLIA UNIVERSAL, que Deus nos presenteou quando nos deu a chance da existência. E no brilho da luz, podemos ver o olhar de Jesus, que nos sorri também feliz, pois para Ele é este o melhor presente: a UNIÃO. Como o verdadeiro aniversariante e O AMIGO, IRMÃO E MESTRE MAIOR, Ele reconhece em nós os seus discípulos que muito se amam, entendem e seguem os seus ensinamentos, o seu ROTEIRO DE VIDA.” 
   Que neste Natal, anunciando também a chegada de um Novo Ano, façamos a diferença e coloquemos em prática o ATEP: AMA, TRABALHA, ESPERA, PERDOA. Sejamos nós luz nas sombras, paz nas guerras, ânimo nas fraquezas, solução nas dificuldades. Tornemo-nos o exemplo vivo de que Jesus é caminho, verdade e vida, demonstrando que quem ama, trabalha, espera e perdoa, sempre VENCE...

Ademir Fernandes de Sousa.
Centro Espírita Amor ao Próximo.

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Data: 03/04/2012
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

AMANDO A NÓS MESMOS...

     Jesus nos ensina que o Mandamento maior é o AMOR, sugere amarmos a Deus sobre todas as coisas, ao próximo, os inimigos, etc. Mas sugere também amarmos a nós mesmos, buscando uma existência agradável e plena. Quando compramos algo, escolhemos o que nos deixa mais a vontade. Ninguém gosta de vestir uma roupa feia. Quando usa o que não gosta, a pessoa fica se sentindo uma “salsicha espremida”, fica sem ar, sem lugar, se vai fazer uma foto esconde-se atrás de todos. Comendo ou bebendo o que nos faz mal, o estômago fica pesado, a cabeça doendo e temos que entrar no bicarbonato, sal frutas, epocler. Em tudo: músicas, filmes, programas de TV, amizades, divertimentos, se nos amamos, buscamos o melhor para nossa vida, nunca o pior. Lendo bons livros, presenteamos nossa mente e coração com viagens e ensinamentos inesquecíveis. Escutando músicas legais, damos aos nossos ouvidos um som agradável. Assistindo filmes bacanas, oferecemos à nossa visão o brilho do prazer. Buscando amizades afins e sinceras, tudo flui melhor. Mas se aceitamos o que não é bom, jogamos lixo em nossa vida, não nos valorizamos e não nos amamos. Devemos nos presentear com vida alegre, saudável e espiritualizada, para o equilíbrio da nossa jornada.
     Precisamos disciplinar os “monstrinhos” que impedem de nos amarmos. Irritação e violência. Às vezes somos um barril de pólvora, soltamos fogo pelas ventas só de alguém nos olhar e perguntamos: “Que foi, por que você “tá” me encarando? Nunca me viu, não?” Irritação gera enfermidades. Intolerância, preconceito, melindre e orgulho. Muitos alimentam isso e se acham sempre certos e todos os outros errados. Uns não perdoam ofensas, cultivam mágoa, ficam remoendo e quando encontram alguém, reclamam tudo de novo. Isso cria úlceras. Alguém nos ofendeu? Não nos coloquemos na mesma posição do ofensor, pois quem perdoa, esquece coisas negativas. Deus tem toda paciência conosco e espera de nós paz e mansidão no convívio com todos à nossa volta, demonstração de amor por nós e pelos outros. Crítica. Precisamos desculpar falhas alheias e nossas também, sem culparmos os outros e dizermos. “Eu fiz porque o outro fez comigo.” Muitos se escandalizam com as situações. “Nossa, ele fez isso!?” Todos nós temos telhado de vidro. Muitas vezes fizemos até pior. É importante autocrítica, observarmos as próprias fraquezas. Se vamos censurar alguém, olhemos nosso interior. Jesus disse: “Não julgueis para não serdes julgados.” Praticando isso, emitimos e recebemos vibrações elevadas e nos amamos mais. Tédio e tristeza. Uns dizem assim: “Ih, eu “tô” sentindo um troço estranho, “tá” me subindo uma “quentura”, sinto que vou passar mal, vai rolar coisa ruim.” Ligam para médico, vão ao hospital, mas na maioria das vezes estão bem. Nós somos o que pensamos e construímos. Ideal é pensar em saúde, alegria, visitar Instituições de idosos e crianças, penitenciárias, enfermos em hospitais e vermos que há pessoas em situação pior que a nossa. Doar amor, esperança e felicidade é cuidar de nós. Ansiedade e pressa.  Uns querem tudo para ontem, vivem na correria, dando trombadas em todo mundo, não cumprimentam, nem vêem os outros, não se relacionam com familiares, amigos, colegas e têm péssimo humor, dor de cabeça, exaustão, mas também não dormem direito. Conheci alguém assim. Sua esposa, tentando amenizar disse: “Você é a mais doce melodia que Deus compôs para harmonizar a vida.” E ele resmungou: “Você vive em que mundo? Romantismo é coisa do passado.” Não! É vida saudável. Amor e calma dão bons resultados. Viver em paz e harmonia com o Universo é nos amarmos.
      É fundamental também atuar em favor do amor, do bem e da caridade. Certa vez um homem viu um catador de papel, com a esposa grávida, um bebê de colo e uma filha deficiente física. O homem comprou uma bicicleta acoplada a uma carroça e doou àquela família. Quando lhe perguntaram como poderiam agradecer, ele respondeu: “Façam algo também em favor de outros.” Isso é colaborar com o rendimento da vida. Praticar o bem é o melhor caminho. Aristóteles disse que o trabalho afasta de nós três grandes males: tédio, vícios e coisas inúteis. Busquemos o discernimento pelo estudo. Educar é um ato de amor. Educar-se é um ato de amor e evolução. Trabalhar em favor do positivo nos permite trilhar o caminho mais iluminado, determina nossa trajetória hoje e no futuro, evita irritação, violência, ódio, orgulho, egoísmo, intolerância, ressentimento e ansiedade. Assim nos tornaremos pessoas melhores e demonstraremos mais amor por nós.
     É vital ver o lado bom de tudo e de todos.  Em “Lendas e fatos”, o autor Miguel Rizzo conta que em uma joalheria, dois amigos examinavam pedras. Um deles viu uma pedra sem brilho e perguntou: “Por que esta pedra sem atração nenhuma está entre outras com tanto valor?” O outro a aqueceu na mão e ao abri-la, todos viram a pedra transfigurada, brilhando com várias tonalidades. Era a opala, uma dessas pedras chamadas simpáticas que, com o calor da mão irradiam a vida que pareciam não ter. Assim como as opalas, muitas inteligências podem brilhar com sucesso, se tiverem estímulo, amizade sincera e cooperação. Cada ser humano é um Universo a pensar, sentir, captar e transmitir sua essência. Todos têm valores e o conjunto é muito importante. Familiares, amigos, colegas são pérolas que não devem ser jogadas aos porcos, como ensinou Jesus, mas guardadas a sete chaves dentro do coração, como fala na música de Milton Nascimento. Nós também somos pérolas, diamantes, flores perfumadas no jardim abençoado de Deus.
     Precisamos acordar já bendizendo a vida: “Bom dia para mim e para todo o Universo! Hoje será um dia lindo e maravilhoso. Tudo será tranqüilo em meu lar, com meus familiares, amigos, com todos os seres. Tudo dará certo e será muito produtivo no trabalho. Tudo será luz, paz, amor e vida.” Sejamos mais caridosos, amemos mais, tenhamos mais calma, procuremos ser mais felizes. Pratiquemos isso, falando de alegria, saúde, harmonia. Mesmo que o dia esteja nublado, vamos dizer: “Que dia lindo!” Se estiver chuvoso, falemos: “Que chuvinha abençoada!” ou lembremo-nos do excelente filme “Cantando na Chuva”, pois retrata isso de forma iluminada. O sol está quente? Cantemos intimamente: “Moro, num País tropical, abençoado por Deus...” Rubem Alves sugere o “Carpe Diem”, que significa aproveitarmos a essência Divina, os nutrientes da vida, pois tudo que está no nosso caminho faz parte dos propósitos de Deus para nosso progresso. Esqueçamos tudo que não nos faz bem e que atrasa nossa evolução. Vamos sorrir, chorar se for preciso, cantar, trabalhar, curtir cada momento e as pessoas ao nosso lado. Sócrates, com muita propriedade disse que o amor dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor.  Amemos intensamente a nós mesmos e a todos, pois somos filhos de Deus e irmãos de Jesus que nos amam incondicionalmente...

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Data: 15/11/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

...EVOLUÇÃO E REDES SOCIAIS...

   Fico imaginando as dificuldades de comunicação nos períodos primitivos da Humanidade. Embora as descobertas e invenções do passado, importantíssimas para o nosso tempo, faltavam opções divertidas para a satisfatória convivência social. Entendiam-se, comunicavam-se, mas com limitações. Faltavam entretenimentos. A minha análise remonta ao paleolítico e caminha pelo tempo. No período clássico Grécia, Roma e outros países já utilizavam certas diversões. Teatro, jogos e lutas nas arenas e festas em homenagem aos deuses mitológicos eram catarses para seus desejos mais variados. Com exceção do teatro que influenciou, inspirou e deu subsídios às tendências de outros períodos, infelizmente alguns outros “divertimentos” levaram milhares de seres humanos à morte, pelas formas violentas e absurdas...
   Na Idade Média, embora tantos momentos sinistros, os divertimentos relacionavam-se às festas nos povoados, sempre ligadas às classes dominantes e religiosas. Não podemos esquecer as chamadas guerras “santas”, as Cruzadas e a “santa” Inquisição; também momentos de trevas. Na Idade Moderna e na Contemporânea não foi muito diferente. Mas há aspectos positivos: Reforma Protestante, Iluminismo, Renascimento, Revolução Industrial e Científica e outros, legando-nos melhor visão cultural, religiosa e social. Novas descobertas e invenções que, aprimoradas são essenciais ao mundo atual. Não faltaram grandes guerras, isoladas ou mundiais, também esmagadoras, contudo, as pessoas já assumiam novas posturas, tendências e opções de divertimentos e vida. Cultura e Ciência ganharam espaço, possibilitando mudanças. Gutenberg fez a Revolução da Imprensa e facilitou a divulgação de livros e jornais. Thomas Edison clareou o mundo com a luz elétrica. Samuel Morse e o telégrafo, Alexander Graham Bell e o telefone contribuíram para as comunicações à distância. Os Irmãos Lumière maravilharam o mundo com o cinema. Wladimir Zworykin e Guglielmo Marconi apresentaram novas opções de lazer com o rádio e a televisão. Claro que essas três descobertas foram também responsáveis pelo “choro romântico” de quem acompanhava religiosamente os filmes, músicas e novelas; novas diversões para os seres...

   Hoje vivemos a era da tecnologia. Milhares de novidades e objetos são veiculados como facilitadores da vida. E a Internet é uma delas, com referências importantes em sites, blogs e redes sociais. Mas tudo isso tem mão dupla. Há aspectos evitáveis e outros incorporáveis. Há os bons, responsáveis, sérios e úteis, veiculando notícias, pesquisas, descobertas e outros tópicos necessários ao cotidiano, variando de acordo com o interesse pessoal. A internet com aspectos positivos é bênção, que, bem aproveitada torna-se canal às mais diversificadas aptidões. Timothy John Berners-Lee e outros da área idealizaram isso, acredito... 
   Enfim chegamos ao nosso foco: as redes sociais. Como toda novidade significativa, a Net e os seus derivados foram lançados e atraíram os habitantes do Planeta. Era a oportunidade “tddebom.com.br” de fazer e/ou rever amizades, trocar mensagens e idéias no bate-papo e MSN, etc. No bom sentido, foi a “febre” alastrando-se veloz e agradável. Orkut, YouTube, Facebook, Twitter e outros fizeram a festa da galera de várias idades, veiculando contatos entre pessoas do mundo inteiro (parentes, amigos distantes), trocas de informações, etc. A “nova maravilha” deixou quase todo mundo entusiasmado, eufórico, feliz e interessado. E como um “milagre” o tempo teve que se multiplicar, pois as redes ganharam a cena em detrimento de outras coisas. Refiro-me ao aspecto positivo. Muitas pessoas dedicaram um tempo às redes que transmitiam tanto prazer e inovações. Eu mesmo utilizei e continuarei nas boas redes, dentro dos meus princípios. Revi e conheci muita gente legal através desses contatos. Amizades já cotidianas e outras que se tornaram também do dia-a-dia. Ouvi alguém dizer: “Eu não entendo a fulana. Ela me adicionou em três redes sociais e lá conversa comigo vários assuntos legais, mas quando me vê na rua, nem olha para mim.” Eu não considero isso legal. Amizade deve ser alimentada e vivenciada é sempre. Falar pela net e ignorar no dia-a-dia não se encaixa no objetivo da ampliação de amigos para a vida...
   Mas infelizmente, entre tantos benefícios que minimizam a solidão, multiplicam as amizades, reforçam laços de uma vida mais sociável, veio também uma nova “invasão bárbara” alterando a estabilidade. Hackers, Bullyings e afins resolveram destruir a paz e felicidade geral da nação “netiana”, denegrindo a vítima com imagens abusivas, cruéis e maledicentes; perfis hackeados, por descuido de seus donos ou por “sabedoria maldosa”; danos morais, psicológicos e até físicos, intimidações, ameaças, agressões e violências variadas. Já não havia mais tranqüilidade. Desconfiava-se até da própria sombra, temia-se exposição e ciladas. Os cuidados ganharam vulto, pois ninguém quer ser maltratado e vítima de abuso. Eu pergunto: “Isso seria o retrocesso inconsciente à violência do passado ou maldade bem consciente de alguns?” Felizmente os cadeados garantiram mais privacidade e permanecemos nas boas redes sociais...

   Por que ocorrem essas coisas chatas? É tão agradável entrarmos em uma rede e nela expandirmos amizades legais e sinceras, adquirirmos novos conhecimentos, curtirmos tantos divertimentos oferecidos, aproveitarmos nosso tempo com lazer, mensagens, notícias e informações úteis, sem esquecermos que há vida aqui fora também. Muitos navegam 24h, teclando, curtindo e não fazem mais nada na vida. Ficar só no virtual também não é o que se pode chamar de convivência social, exceto se as pessoas moram em lugares distantes e só podem se comunicar assim. Fica uma sugestão que aplico à minha vida: usemos sempre que possível tudo que a internet tem a nos oferecer de bom e saudável, façamos cada vez mais amizades com outras pessoas, sejamos sempre úteis a todos, pois o objetivo da vida é o seu rendimento. E este só se faz com a colaboração geral. Sugiro a quem um dia se equivocou pelos caminhos de atitudes infelizes: Repensar, fazer uma análise e constatar que o mal não leva a nada e que só o bem é o caminho. Sempre é tempo de mudar o rumo da vida e corrigir pontos errados em nós, exemplificando para os outros e incentivando a continuarem naquilo que curtem. Reflitamos no seguinte: Muitas pessoas, internadas em hospitais, presas sobre uma cama ou vencidas pela timidez, têm nas redes sociais a sua única oportunidade de se sentirem mais felizes, participativas, úteis e vivas. Fundamental raciocinarmos que poderia ser um ente querido nosso que está sendo vítima de algo não bom. E Jesus; O Mestre dos Mestres ensinou que não devemos fazer ao outro aquilo que não desejamos para nós. Meditemos bem nisso. Por nós e pelos outros, façamos revisão das nossas atitudes e trilhemos o caminho certo daqui para frente. Nós que estamos conscientes disso devemos lutar contra os abusos e em favor da existência plena de êxito, felicidade, paz, saúde, união e demais valores nobres. Usar sem abusar; esta é a idéia.

Abraços...

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Data: 05/08/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

...EVANGELHO DE JESUS; LUZ NO LAR...

   Todo ser humano deseja viver no ambiente familiar de forma agradável, feliz, saudável. Todos anseiam por uma vida de paz e harmonia. Partindo desse princípio, falaremos um pouco sobre uma das formas de se viver em pleno equilíbrio consigo mesmo e todos à nossa volta: família, amigos, colegas, vizinhos, etc. É a prática do EVANGELHO NO LAR. Considerando que todas as crenças são boas se encaminham os seres para DEUS, independente da religião professada, o culto do Evangelho torna-se uma ponte para a vida em sociedade, dando-nos consciência de que a solidariedade é vital para a harmonia do Universo.
   No livro Jesus no Lar, Néio Lúcio mostra um lindo diálogo entre Jesus e Simão Pedro, falando de valores para a vida. Citamos essa obra porque mostra JESUS instalando o primeiro EVANGELHO CRISTÃO no lar do pescador e discípulo Simão Pedro, deixando para nós a sugestão de como se pode manter viva a chama do amor, do bem e da caridade a nós mesmos e aos semelhantes.
   Entre os objetivos de se implantar esse encontro mais diário com Jesus e com as forças espirituais do bem, está a possibilidade de levar-lhes para mais perto de nós e nossa casa, trabalho, atividades, mas principalmente para a mente e para o coração. Estando mais perto de nós, convivem, participam conosco em tudo, dão diretrizes, respostas, soluções para os projetos de vida em geral, ajudam resolver problemas, reforçam alegrias, saúde, paz, luz, êxito. É o momento de unir e fortalecer laços.
   Imaginemos uma casa onde haja brigas, egoísmo, vícios morais, decisão pela força, violência, trevas. A prática do Evangelho fará gigantesca diferença. Substituiremos brigas por entendimento e paz; egoísmo por fraternidade; vícios por virtudes morais; força por direito e deveres; trevas por luz. Vejamos um exemplo vivo e oportuno sobre a influência positiva do Evangelho em casa. Duas mulheres se odiavam. Uma delas procurou uma pessoa e disse: “Nós nos xingamos direto. Ela jogou um saco de esterco no meu quintal e eu mandei um bolo mofado para ela. Ela soltou ratos na minha varanda e eu mandei uma cobra cascavel para ela”. A pessoa que a ouvia disse-lhe: “Minha irmã, isso não se faz, você deve é orar por ela”. Ela então respondeu irônica: “É ruim. Eu orar pela megera? Posso pedir é para Deus levá-la para os quintos dos infernos. Eu pago na mesma moeda. Ela fala mal de mim, eu também falo dela”. Novamente a pessoa explicou: “Jesus recomendou amar os inimigos”. Ela riu e continuou: “Fala sério! Eu quero que ela se dane. Adorei quando o marido perdeu emprego, o filho foi embora para longe, a filha teve um problema delicado. Eu até comemoro quando acontece coisa ruim com aquela família”. A pessoa sentenciou: “Pelo amor de Deus, evite tais atitudes que só te prejudicam. Todo mal desejado volta para você. Deseje a paz dela, envolva-a com o bem”. Em seguida sugeriu-lhe o Evangelho no Lar. Meses depois ela voltou com olhos arregalados, dizendo: “Amigo, o Evangelho dá certo mesmo, muda tudo. Meu marido perdeu o emprego. Sabe quem me ajudou? Ela. Pediu ao esposo dela para meu marido trabalhar na oficina dele. Os gambás invadiram meu sítio. Quem me ajudou tocar os bichos? Ela. E tem um detalhe que eu não sabia. Ela faz também o Evangelho no Lar. Eu vou ao dela, ela vai ao meu. Agora somos amigas íntimas. Se alguém falar um “a” daquela santa, eu defendo e oro pela pessoa. Me renovei, sou outra pessoa depois que instalei o culto em minha casa”. As palavras ensinam, os exemplos arrastam.
   Como se faz? Reúna os familiares, escolha um dia da semana em horário legal para todos. Faça uma prece e depois leia e comente uma mensagem ou trecho de um livro edificante. O tempo ideal é de 30/40 minutos. No final faça uma prece de agradecimento. Importante manter a disciplina do dia e horário, pois Jesus e os amigos espirituais participam, fluidificam a água, higienizam o ambiente, levam vibrações boas. O livro escolhido deve ser lido desde o início e nunca ser aberto de forma aleatória, pois o acaso não existe. Coloque xícaras ou copos com a água de cada pessoa, pois ali serão colocados medicamentos, recursos fluídicos de acordo com a necessidade de cada um. Se algum familiar não quiser participar, faça mesmo que seja sozinho. Não podemos é permitir que o negativo vença o positivo. E fazer o Evangelho é dar vitória ao positivo, é vencer com Jesus e participar da caravana de luz em favor da Humanidade.
   Tenho uma amiga de 82 anos e sua família não aceita que ela faça o Evangelho no lar. Outro dia ela me disse pelo MSN: “Ademir, estou preocupada porque eles falam que quando eu “morrer”, vou para o inferno e terei penas, pés e bico de galinha”. Eu perguntei: “Por que eles dizem isso, minha amiga?” E ela me explicou: “É que eu encontrei um lugar onde eles detestam ir e lá eu faço o Evangelho no Lar sem que me perturbem. Estou fazendo o culto do Evangelho no meu galinheiro. Você acha que eu vou mesmo ficar parecida com uma galinha quando desencarnar?” Respondi com amizade, convicção e respeito: “Com certeza, não, minha amiga! Você encontrou o lugar que te dá paz necessária para fazer suas orações. Deus está em toda parte, onde estivermos com a mente e o coração voltados para Ele. Não há desrespeito nenhum com relação ao local, pois se te impedem de fazer dentro de casa, o seu galinheiro torna-se o local ideal”. Ela me disse feliz: “Você precisa ver como as aves ficam quietas quando leio o Evangelho de Jesus”. Lembrei então que JESUS; O Mestre dos Mestres nasceu entre os animais numa manjedoura. A Ciência e a Doutrina afirmam que música suave, oração, Evangelho no lar acalmam todos os seres. No livro Os Mensageiros, André Luiz nos conta que durante um culto no ambiente rural, feito por espíritos elevados, os animais aproximam-se atraídos pelas boas vibrações. Em minha casa nós fazemos dois cultos por semana e com “participação especial dos nossos cachorros”. Eles já chegam à nossa copa antes de nós e ficam nos aguardando. E eu não me surpreenderei, caso um dia nos atrasemos e eles chamem nossa atenção para o horário. Rsrs. Os animais são nossos irmãozinhos em evolução.
   Joanna de Ângelis, no livro Celeiro de Bênçãos diz assim: “Instituir o EVANGELHO NO LAR é diretriz de segurança e legislação de sabedoria. Ele é antídoto para as enfermidades morais e físicas e chave para uma existência mais próxima com Jesus”. Emmanuel, no livro Seara dos Médiuns reforça dizendo: “Com a bússola do Evangelho, sabemos perfeitamente onde se localizam o bem e o mal, pois, dispondo todos nós do leme da vontade, o problema de sintonia é por nossa conta. Se quisermos que brigas, violência, vícios morais e trevas se afastem, apresentemos em nós: paz, fraternidade, valores morais, entendimento e luz”. Onde se acende uma lâmpada, coloca-se um impedimento à sombra...

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Data: 28/05/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

LER; UM CAMINHO PARA A LUZ...

   Artigo extraído de palestra que fiz em homenagem ao centenário de nascimento da educadora Delfina Fonseca Lima, que empresta seu nome à Biblioteca Regional Delfina Fonseca Lima. Delfina; um ser humano que optou pela educação, uma educadora que fez de sua tarefa uma missão. Assim como ela, muitas pessoas fazem da vida uma escola e tornam-se exemplos vivos de como se pode ensinar aos outros o caminho para serem cidadãos decentes, éticos, morais, sérios e sempre comprometidos com o correto...
   O Apóstolo Paulo de Tarso escreveu aos Tessalonicenses: “Examinai tudo. Retende o bem”. Podemos aplicar essa máxima também sobre livro, leitura, biblioteca, educação e conhecimento. Uma biblioteca pública, escolar, universitária ou particular é um espaço onde se busca a ampliação dos conhecimentos. Os seres humanos têm gostos diversificados também para a literatura. Há os leitores de periódicos, interessados em assuntos gerais que ocorrem na cidade e no mundo. Muitos buscam a oportunidade de encontrar nos classificados o tão esperado emprego ou um concurso que foi lançado. Há os leitores de livros que querem uma literatura mais intelectual. Outros preferem a literatura mais divertida, popular, com aventuras. Há os que procuram livros didáticos e/ou biográficos e os que curtem mais os gibis. Adultos, jovens e crianças encontram nos livros as histórias e/ou conteúdos que lhes dão prazer e também direção para o futuro. Há adultos que preferem livros infantis e crianças que gostam de livros adultos. Nessa diversidade, as bibliotecas funcionam como faróis a iluminar mentes, castelos de sonhos e idéias para todas as aptidões. Como nos ensina Paulo de Tarso, é fundamental examinarmos tudo e retermos o bem. JESUS, na “Parábola do joio e do trigo” ensina que cada um deve saber separar o que é bom do que não é legal. Cabe a cada um usar a consciência para discernir na hora da escolha...
   Nesse contexto, os funcionários de uma Biblioteca estão inseridos como mediadores. Muitas vezes a pessoa já sabe o que deseja ler. Outras vezes pede sugestões e orientações. E colaborar nesse sentido é ser útil à coletividade, mas sempre tendo em vista o princípio da liberdade de escolha do cidadão. Para isso o ideal é perguntar que tipo de leitura ela gosta, que atrai mais, que a faz sentir-se bem. Assim é possível encaminhá-la a esse ou aquele autor e tipo de leitura. Mas, o mais importante é fazer o possível para atender bem a todos, no que vão ler ou estudar. É muito prazeroso quando o usuário é bem atendido, encontra o que busca, seja leitura ou pesquisa, e fica feliz, esperançoso com o material que lhe será útil.    Importante considerar também que o progresso moral e o intelectual devem caminhar sempre juntos, apoiando-se mutuamente. Ler, estudar, aprender e apreender o sentido de tudo são fatores essenciais, pois nos permitem sair do lugar comum e viajarmos para outros universos de pensamentos, sentimentos e culturas várias. Santo Agostinho, muito bem inspirado pelo pensamento vivo de Sócrates repete e sugere as suas sábias palavras: “Conhece-te a ti mesmo”. Joanna de Angelis disse através de Divaldo Franco: “Estuda e estuda-te!” Ler é um dos melhores caminhos para conhecer e conhecer-se. É vital que haja bibliotecas, livros e neles os conteúdos que dão embasamento para alcançarmos ideais, objetivos...
   Mahatma Gandhi foi muito preciso quando disse: “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto”. Não importa se seguimos por caminhos e/ou correntes religiosas diferentes, vertentes ideológicas diversas, desde que busquemos e alcancemos o mesmo objetivo que é Deus. E este objetivo deve ser também e sempre o da educação moral e intelectual do ser humano integral, com idéias, pensamentos, descobertas e exemplos que arrastam. Chico Xavier disse através de André Luiz: “É necessário analisar sempre as obras que vai ler, para não sedimentar no íntimo os tóxicos de falsos conceitos, idéias equivocadas e absurdas, palavras enfermiças, venenosas e inúteis. É fundamental divulgar os livros enobrecedores, prestigiando as obras elevadas que objetivam o ingresso da Humanidade no roteiro da redenção com Jesus”. Uma biblioteca pode ser comparada a um viveiro de luz, onde cantam pássaros da esperança, do amor, do conhecimento, da paz e da renovação. Sócrates sugere observar sempre os três crivos. O que falamos, ouvimos, fazemos, pensamos sentimos é bom, útil e verdadeiro? Isso se aplica também à leitura. Ler o que é bom, útil e verdadeiro é renovar todos os dias a própria existência. Martinho Lutero considera: “A paz, sempre, mas a verdade a qualquer preço”. Lutemos por um mundo melhor, mais humano, mais justo, mas busquemos o conhecimento como caminho sábio para encontrarmos a paz. Só assim estaremos iluminados e em condições para mantermos essa paz viva dentro e fora de nós. Sabemos que muitas pessoas iniciaram uma nova era em sua vida a partir da leitura de um bom livro. A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo. Sêneca disse: “A leitura nutre a inteligência”. E Voltaire reforça dizendo: “A leitura enobrece a alma”...
   Paulo Freire, Nelson Mandela, Padre Antônio Vieira e muitos outros são unânimes em afirmarem que a educação é uma das formas mais poderosas para melhorar a sociedade e mudar o mundo, pois é moeda de ouro muito valorizada em toda parte. Bill Gates falou algo muito especial: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever a própria história”. A tecnologia é importante, mas a leitura faz toda diferença na vida. Ler um bom livro é um diálogo incessante. O livro fala e a alma apreende o sentido e responde com atitudes nobres. Steven Spielberg disse com propriedade: “A leitura de um grande livro é mais rica que assistir a um grande filme”. É sempre muito saudável assistirmos um bom filme, mas apesar de toda tecnologia que o cinema consegue utilizar para produzir grandes efeitos visuais especiais, a leitura de bons livros é mais profunda e rica de pormenores e oportunidades para descortinarmos mundos reais ou imaginários, mas que sempre nos ensinam um caminho positivo para a nossa segura evolução. É luz no fim do túnel para todos que pretendem se tornar, mais que seres humanos, seres inteligentes e pensantes; os grandes responsáveis por um futuro melhor, mais pacífico, iluminado, exemplar e muito mais promissor...

...Ademir Fernandes de Sousa...
Centro Espírita Amor ao Próximo
E-mail: ademirferso@hotmail.com

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Data: 13/03/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE..
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   As pessoas procuram uma Instituição religiosa por motivos diversos: porque é bom e necessário ter uma religião que consola, encaminha e liberta, por fé em Deus; Nosso Pai Maior de Amor e Justiça e também em Jesus; Nosso Irmão, Amigo e Mestre de todos os momentos, para buscar resposta às dúvidas ou cura das dores físicas e morais, algumas até mesmo por curiosidade e também por afinidade com essa ou aquela Doutrina. Particularmente, acho que é importante que se tenha uma religião, seja ela qual for, POIS TODAS SÃO IMPORTANTES E DEVEM SER RESPEITADAS. Isso é um fator de suma e capital importância. Cristão não pode ser preconceituoso com a religião alheia. Deve é entender que conta mais é a prática do amor, do bem e da caridade. E a tão bonita diversidade permite justamente todos escolherem como quer cultuar as forças superiores, com liberdade, sem atritos, convivendo com as diferenças naturais e também legais. Por isso, graças a Deus existe o verde, o vermelho, o azul, o branco, o preto, o amarelo, o rosa e as demais cores. Todas são essenciais. Não é a nomenclatura que salva, mas é o amor que redime. Penso que precisamos de religiosidade. É fundamental vivenciarmos o máximo possível o que é bom para nós e para os outros seres, pois TODOS ESTAMOS NA TERRA PARA EVOLUIRMOS, SERMOS FELIZES, VIVERMOS EM SOCIEDADE, EM COMUNHÃO E EM PAZ...

   Considerando então as necessidades humanas, NÓS QUE NOS CHAMAMOS TRABALHADORES DA SEARA DE JESUS, meditemos em suas palavras, nos perguntando no Evangelho de Mateus: “QUE FAZEIS DE ESPECIAL?” No livro Segue-me, Emmanuel, através de Chico Xavier, mostra que JESUS; O MAIOR SÁBIO DE TODOS OS TEMPOS sugere repensarmos as nossas reais ações em favor do próximo. Isso significa ter religião, mas principalmente religiosidade. Nos faz refletir: somos um colaborador da equipe que atuamos, apresentando soluções para os problemas ou somos é um problema na equipe? O ideal é doarmos o melhor de nós no grupo que participamos, contribuindo para melhorar a saúde, o ânimo, a vida de todos que procuram a Instituição que nos vinculamos. Bezerra de Menezes ensina que “DEVEMOS SER COOPERADORES PARA O RENDIMENTO DA VIDA”. Para isso é preciso amor; sol das almas, estudo, conhecimento da religião que professamos, disciplina e compromisso com as tarefas que ela desenvolve, solidariedade com todos nossos companheiros de jornada. Isso nos lembra novamente o BIP que está no Evangelho: benevolência com todos, indulgência com imperfeições alheias e perdão às ofensas. É isso que faz a diferença entre Instituição distante e fria e Instituição iluminada que transmite calor humano aos viajantes exaustos do caminho. É O DIFERENCIAL ENTRE SÓ TER A APARENTE RELIGIÃO E TER A VERDADEIRA RELIGIOSIDADE. Reitero que isso se aplica a todas as religiões, pois são vitais aos seres, já que cada um terá afinidade com aquela que melhor lhe atenda às necessidades, aponte caminhos para melhor resolver os seus problemas, transmite mais paz, confiança e apresente respostas e diretrizes mais coerentes...
   Podemos nos comparar a um feixe de varas formando a Instituição. Ela será mais fraca ou mais forte de acordo com o que sentimos, pensamos e realizamos. A princípio o que todos esperam da Religião é que atenda às necessidades físicas, espirituais, morais, profissionais, familiares, etc. Consideremos, porém, que, antes de tudo quem nos concede isso é Deus e Jesus, mas para recebermos bênçãos é fundamental analisarmos alguns aspectos básicos: NOSSA REAL NECESSIDADE. O que pedimos é bom, necessário e útil? Deus sabe sempre o que é o melhor para nós. NOSSO MERECIMENTO. Deus é Amor, Justiça e Misericórdia que nunca desampara os seus filhos. NOSSA VONTADE E ESFORÇO. Significa nossa parcela de contribuição para o que buscamos. Cruzar os braços, não fazer nada e esperar cair de algum lugar não é o caminho. Raciocinar e lutar em busca de mudanças positivas são as leis da vida...
   O Apóstolo Paulo diz que o amor cobre a multidão de erros. Contudo, precisamos fazer a nossa parte também. Sabemos que a busca da reforma íntima é que nos permite visualizar e vivenciar as novas diretrizes e as verdadeiras possibilidades legais em cada situação, em cada esquina da vida. Em cada curva da estrada da nossa existência há um ou muitos pontos que devemos trabalhar em favor do conjunto, considerando para isso que devemos evitar um grande inimigo: O PRECONCEITO...
   Reflitamos nesse pensamento de Dalai Lama: “Há tanta gente que nem tem uma religião, mas tem amor, caridade, solidariedade, fraternidade, compaixão, afetividade, consciência dos direitos dos outros. Por isso defendemos uma terceira via de espiritualidade, através da educação; não pela meditação, nem pela oração, mas através da consciência”.  ELE NÃO FALA CONTRA RELIGIÕES. FORTALECE QUE SEM RELIGIOSIDADE E CONSCIÊNCIA NÃO SE CHEGA A NADA. SÓ ESTÁ MESMO NO CAMINHO DESEJADO PELAS FORÇAS DO BEM, SE ESTIVER INSERIDO NA PRÁTICA REAL DESSE BEM  E DEMAIS VALORES NOBRES, ELIMINANDO TODO TIPO DE PRECONCEITO...

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Data: 01/03/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

O USO DO TEMPO...

   Em Eclesiastes diz: “Há tempo de plantar e de colher, tempo de chorar e de rir, tempo de errar e de acertar”, etc. Há tempo para cada situação. Estamos relacionados diretamente ao fator tempo. O escritor Humberto de Campos diz: “Tempo é um dos maiores tesouros que Deus concede às criaturas. Tesouro é título de confiança. Confiança traduz responsabilidade.” Ignorantes e tolos perdem o tempo. Loucos e criminosos perturbam e envenenam o tempo. Indiferentes e irônicos zombam do tempo. Vaidosos, egoístas e orgulhosos ridicularizam o tempo. Mentirosos riem do tempo. Ociosos negligenciam o tempo. Tiranos abusam do tempo. Revoltados acusam o tempo. E é o próprio tempo que ensinará a todos, pois é generoso nas concessões, mas totalmente justo no acerto de contas. Cada um responderá pelo uso que fez dele. O tempo não nos é dado para inutilidades, mas para engrandecimento da alma e rendimento da vida. O real aproveitamento de cada segundo é fundamental para se entender o verdadeiro significado da existência...  
   Estamos administrando bem nosso tempo? Jesus nos diz: “Levanta-te e anda! Tende bom ânimo!” Muitas vezes somos acomodados, sem atitude e adiamos as coisas. Alguns dizem: “Quando eu tiver mais idade eu faço, quando me sobrar tempo eu faço, amanhã, mês que vem, ano que vem eu faço”. Mas, cada dia sem ação positiva é tempo perdido. O calendário, o relógio e a nossa agenda diária funcionam como sinal mostrando para nós o tempo passando. Joanna de Ângelis conta que um sábio seguia com seus discípulos. Avistaram um homem orando, pedindo ajuda para Deus retirar seu carro preso na lama. O sábio seguiu com seus discípulos. À frente outro homem estava com carro também preso na lama. O sábio parou e convidou os discípulos a ajudarem aquele homem. Quando perguntaram porque ele ajudou só o segundo homem, ele explicou: “O primeiro orava para Deus tirar seu carro da lama. O segundo fazia a sua parte tentando tirar o carro. Um pediu e acomodou-se e outro pediu, mas esforçou-se para realizar”. 
   Outros usam o tempo com correria e ansiedade. O lema é não pararem nunca. Andam, alimentam-se, dirigem, sorriem, falam, cumprimentam-se sempre com pressa. Conheço uma pessoa que usa com muita frequência duas palavras que não nasceram para se casarem: “Oi e tchau”. Ela cumprimenta já se despedindo. Disse certa vez: “Você faz a oração hoje, mas pelo amor de Deus, faça rápido porque hoje eu quero ver a novela que vai pegar fogo. Eu não perco esse capítulo nem por Jesus Cristo.” Fala sério!!!
   No livro “Entrevistas sobre o fim dos tempos”, conta que no século XVI, sábios relojoeiros reuniram-se para arquitetarem a aceleração progressiva do compasso de todos os relógios, nos séculos, para sintonizarem-se com o futuro. Sabemos que a hora é igual ontem e hoje. A pressa é que aumentou. Ontem mesmo era final de 2010. Corremos tanto que, quando dermos conta já estaremos no final de 2011, indo para 2012. Antes as pessoas conversavam mais, sentadas muitas vezes na calçada no final da tarde. Hoje quase não têm tempo de se olharem, conversarem, conviverem. O ser humano conhece o espaço e às vezes não conhece o vizinho. E é importante tirar um tempo para as coisas simples, naturais, que são essenciais: olhar a lua e a noite estrelada, sentir o calor do sol e respirar o ar ainda puro da manhã, dedicar mais tempo ajudando as pessoas e a si mesmo, se permitir passear, brincar, namorar, assistir um filme, ler, orar, meditar. São coisas que fazem a alma amar e valorizar mais o seu tempo. “Quem ora, conversa com o tempo e quem medita, escuta a resposta do tempo. Quem vivencia as situações simples torna-se mais feliz.”
   O tempo escoa quando entregam-se só às ilusões, fantasias e futilidades. Jesus disse: “Onde está o teu tesouro, aí está teu coração”. Tempo é parte do nosso tesouro. Onde, quando e como empregamos essa preciosidade é onde temos o coração e a mente. Joanna de Angelis diz: “Começa agora a construção do teu futuro”. André Luiz reforça: “O passado é raiz do presente e o presente é raiz do futuro. Amanhã germinam as sementes do hoje”. Muitos perdem tempo com polêmicas estéreis, preconceitos, julgamentos sem sentido, orgulho, egoísmo, trabalhando sem limite ou na ociosidade, e não percebem o tempo passando. Correm sem caminharem para frente. Joanna de Angelis diz: “Cada um é conforme se elaborou na sucessão do tempo”. Geraldo Vandré cantou: “Quem sabe faz a hora e não espera acontecer”. O excelente filme “Sociedade dos Poetas Mortos” enfoca o “Carpe Diem”. Revermos, mudarmos, aproveitarmos o tempo. Emmanuel diz: “Cumpra os teus deveres e faça corretamente o que te pede o hoje para não precisar repetir a experiência amanhã. Ninguém caminhará entre as estrelas, antes de trilhar as sendas humildes que lhe completam”. Escrevendo aos Hebreus, Paulo recomenda: “Recorda a importância de valorizarmos bem o hoje, usarmos nossos recursos na edificação do tempo que se chama hoje”.  Somos donos do nosso tempo. E sempre é dia de reconsiderar, reconstruir, transformar, criar destinos, pois somos consciências responsáveis por modelarmos o nosso destino com ações... DESEJO CARPE DIEM PARA TODOS. ABRAÇOS...

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Data: 18/02/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

LUZES NO FIM DO TÚNEL...

   As situações parecem iguais. Violência contra pessoas e animais, ataques entre nações, catástrofes, preconceito, mentes orgulhosas, egoístas e perversas destruindo, etc. Ainda não alcançamos estágio evolutivo sem tais problemas em nosso meio, pois caminhamos em campo de joio e trigo e vivenciamos em nós um pouco de ambos. Já não somos 100% maus, nem ainda 100% bons. Bem e mal ainda lutam dentro de nós. Às vezes em situações quase imperceptíveis que parecem sem importância. Palavras, pensamentos, sentimentos, atitudes. A escritora Lya Luft escreveu: “Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós, que ri quando o outro cai na calçada? Quem é esse que aguarda a queda moral do outro para se divertir? Que coisa é essa em nós, que dá mais ouvidos ao comentário maligno do que o elogio?” Há em nós o lobo feroz e o manso cordeiro. Qual é o mais forte? Quem sobreviverá na grande luta? Aquele que eu alimentar, fortalecer, vitalizar. Falamos de “desenvolvimento sustentável do bem” e não podemos generalizar, pois muitos conseguem ver mais o lado positivo e não dão vitória ao “lobo interior...”
   Felizmente nosso lado bom irradia para a vida. Pensando, sentindo, agindo no bem, no amor, na amizade, na caridade e na paz, enviamos de nós as luzes correspondentes a esses e outros valores. É a nossa contribuição para um mundo melhor. Cada “pequeno” gesto positivo, interior ou exterior é um divisor de águas para novos tempos positivos que buscamos. Há no nosso íntimo esse desejo de uma vida melhor, mais saudável, pacífica e feliz. Mesmo quando está escondida atrás de máscaras com expressões feias, é essa CENTELHA DIVINA em nós que faz a diferença. SÃO LUZES NO FIM DO TÚNEL CHAMADO VIDA. Essa centelha existe em todos e deve ser descoberta individualmente, mas tudo ao redor pode e deve colaborar para resultados satisfatórios. Contudo, é essencial considerar bem o que vemos: é luz no fim do túnel para nos ajudar ou um trem vindo em alta velocidade sobre nós? Na ânsia de respostas, muitas vezes queremos receber a luz que escolhemos sem nos darmos conta que precisamos de luz na forma certa e justa que DEUS nos envia, pois ELEsabe exatamente o que precisamos...
   Momento muito significativo na vida das pessoas é aquele período “antes, durante e após” os festejos de final de ano. Por um lado há a correria meio estonteante em busca de presentes, iguarias, roupas, enfeites e outros aspectos da época. Mas, por outro lado é o NATAL e o ANO NOVO tomando a cena. Os corações e as mentes entram em psicosfera diferenciada. Embora o cotidiano cheio de situações diversas, um clima interior de sentimentos bons invade a essência humana. As palavras “Novo Ano” tornam-se “meio mágicas”. Acreditamos que as coisas vão mudar para melhor. E mudarão mesmo se também fizermos o que nos compete em favor disso. As respostas não caem do céu. É preciso que as busquemos no agir, pensar, sentir, falar, tornando-nos cooperadores para o rendimento da existência...
   JESUS nasce em nós todos os dias, quando olhamos para o mundo e decidimos pintá-lo com melhores tonalidades. As boas vibrações moram em nós quando as recebemos e alimentamos com nosso ânimo, esforço, boa vontade e tomada de atitude com consciência. AS LUZES ESTÃO NO TÚNEL QUE MORA EM NÓS MESMOS. Cada um as verá no momento em que se dispuser a caminhar em direção ao bem coletivo, como Deus espera de nós, saindo do individualismo e buscando a solidariedade; um dos alicerces fundamentais p/ a relação e vida em sociedade. Jesus sempre usou a solidariedade como diretriz para ajudar todos. Aproximou-se das pessoas consideradas certas, mas também daquelas que eram banidas e colocadas à margem da vida. Ele fez isso como lição para todo mundo em todos os tempos. É a canção-convite para nos darmos as mãos e fazermos da vida um jardim mais florido, perfumado e menos espinhento...
   Frase abençoada: “Feliz Ano Novo!” Mas é muito importante nos conscientizarmos de que ela fala de 365 dias. E cada um deles é um universo onde, mais que buscarmos, devemos ser apoio, força, fraternidade, solução, LUZES NO FIM DO TÚNEL. Nós precisamos de ajuda, mas sempre há alguém precisando de maior ajuda. E nós, envolvidos na prática desse conceito, somos farol a iluminar o caminho do viajante exausto de tantos desencontros pelo caminho, daquele que se perdeu muitas vezes. Enfim, para todos que buscam uma saída, uma direção, um caminho, um resultado. Sejamos amor e luz, sejamos caminho e paz, sejamos a luz que ilumina e pacifica o caminho e o amor que alimenta a caminhada, sejamos o verdadeiro seguidor de Jesus... ELE, sim, é a personificação do MANDAMENTO MAIOR que é o AMOR. Ele é a paz que nos acalma e fortalece, é o pleno FAROL DE LUZ que brilha e ilumina nossa existência... 

Data: 16/01/2011
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

ANO NOVO; VIDA QUE SE RENOVA...

                                                                                                                                                                                        
   O relógio marcava 23:15. O calendário de 2010 lembrava o fim de mais um ano. O dia 31 brilhava com emoção. Seria novamente a ponte para o início de nova etapa. Virada de ano é sempre momento especial. Comemorações, alegria, festas, mas também tempo de REFLEXÕES para projetos que se quer EDIFICAR.
   Eu conversava com amigose familiares presentes e virtualmente com outros amigos. Minha mente refletia na importância dos bons sentimentos para melhorar a vida. Talvez por ter revisto o delicioso filme “Mary Poppins”, com as crianças menores e outras do meu tamanho, mas que adoram um filme leve, cheio de ensinamentos, esperança e vitória do bem. Esse filme encantador mostra que uma palavra pode mudar muitas situações. Alguns minutos antes da virada, nós paramos, fizemos uma oração agradecendo a Deus por mais um ano e também pedindo um 2011 repleto de possibilidades boas para todos os seres. Na televisão o show pirotécnico com suas luzes multicores anunciava a passagem de ano. Nos olhos de todos o sonho de realizações. Telefonemas, troca de abraços, beijos, desejos de saúde, felicidade, esperança, paz, êxito, vitória, força e outros pontos positivos brotavam das bocas, mentes e corações. E os “comes e bebes” também ali, com sua participação especial no momento. Comida não pode faltar para um “Chico Bento” como eu. Rsrs.
   O telefone tocou outra vez. Atendi e ouvi uma voz infantil aflita: “Chama o Ademir pra mim. Meu pai tá caído aqui. Tô com medo. Me ajuda” Pensando que fosse trote, falei para a garotinha: “Sou o Ademir, minha linda. Feliz 2011 para você! A resposta dela mostrou que não era brincadeira. Falou aos prantos: “Minha mãe tá trabalhando e meu pai engasgou e caiu aqui na sala. Ele mandou eu ligar que você ajudaria. Vem depressa senão ele morre.” Percebi que era a filha de um amigo. Tentei acalmá-la e garanti que estaria lá em dez minutos. Expliquei para os presentes, liguei para um posto médico e sai acompanhado de duas pessoas. As luzes brilhavam felizes, mas eu sentia meu peito comprimido. Eu mal escutava o que as outras pessoas falavam no carro. Meus sentidos estavam concentrados em uma coisa: “Chegar a tempo e ser útil.”
   Felizmente a ambulância chegou quase no mesmo momento que entramos na casa. Ele estava caído, transpirando, olhar assustado, tentando falar, mas não conseguia. Eu fiz uma prece enquanto o médico o atendia. Levado para um hospital, foi constatado que houve alergia e intoxicação alimentar. O médico foi enfático: “Se demorasse ele não sobreviveria”. Foi medicado e ficou sob observação, mas já respirava melhor e tive a garantia de que não corria mais risco. Graças a Deus, chegamos a tempo e ficou tudo bem. A garotinha foi para nossa casa até seu pai se recuperar. A vida é uma verdadeira “Caixinha de Pandora.”...
   O dia amanhecia. Pessoas voltavam dos lugares onde passaram o Reveillon ou continuavam comemorando nas praças e ruas da cidade. Já era 2011. Eu meditei: “Que bom que estão felizes, esperançosos e se divertiram! Desejo que seus ideais se realizem plenamente.” Mas também refleti sobre a situação que ocorrera. Quantas vezes estamos em nosso cantinho, alheios, indiferentes ao que rola à nossa volta! Claro que ninguém vai deixar de se divertir, curtir a vida, nem é obrigado a adivinhar que alguém está em situação difícil. Cada um deve viver e aproveitar a vida que lhe está sendo oferecida naquele momento. Mas há aspectos que podemos colocar em prática: o sentimento de humanidade, a conscientização de que fazemos parte de uma sociedade e nela há também os outros seres; nossos irmãos em evolução e filhos de Deus.  Para isso não precisamos mudar o curso de nossa vida, nem abandonarmos recursos financeiros, saúde, prazeres. Cada um tem a sua realidade, mas devemos lembrar que a vida também tem várias circunstâncias. Uns estão felizes, bem de saúde e/ou financeiramente, outros estão tristes, enfermos e/ou endividados, passando fase difícil. Podemos trocar de lugar com eles? Não! Cada um tem seu fardo, que é muitas vezes fruto de árvore plantada fora do tempo ou no terreno errado. Podemos é ajudar a carregar...
   Além desses problemas diversos como desemprego, desnutrição e outros, há também circunstâncias causadas por catástrofes. As chuvas que estão ocorrendo nesse momento no Brasil e outros países, deixando tantas pessoas em condições desfavoráveis são exemplos vivos disso.  Quantas pessoas estão nesse exato momento passando dificuldade! Há muito tempo não víamos desastre desse porte. E nós não podemos ficar indiferentes à situação, pois somos todos irmãos e porque também estamos sujeitos a intempéries, já que vivemos nesse mundo. Devemos lembrar dos ensinamentos de JESUS e ajudarmos de alguma forma. Colaborarmos materialmente, pois a fome e outras necessidades têm pressa.  Roupas, calçados, utensílios e móveis que não usamos mais, alimentos e medicamentos dentro da validade e até algum dinheiro, para quem não os tem, fará uma diferença gigantesca. Dará sustentação, força, alívio, salvará vidas. E nem precisamos ir lá. Há campanhas em toda parte, recolhendo doações. Também auxiliarmos espiritualmente a quem necessita, com prece e vibração em favor dos outros. A oração que brota do íntimo, com intenções no bem, sempre tem resposta de DEUS e tudo que com Ele atua em favor do Universo. Dar a mão, um olhar, uma palavra, um pensamento, um sentimento positivo faz a mudança vital para quem se encontra na condição de necessitado. É ser cristão e imitar sempre que possível o “BOM SAMARITANO”, da parábola de JESUS. Em nosso caminho há alguém caído, sofrendo, precisando de socorro? Sejamos nós o auxílio enviado por DEUS. Mas mesmo se não está no nosso caminho, pensemos que em toda parte do mundo há gente infeliz, solitária, sofrendo. E nós podemos enviar-lhes a luz da oração e vibrações de força, saúde, paz, felicidade. É tão fácil. Basta decidir ser útil. Continuamos com nossos projetos para 2011. As pessoas em dificuldade também os tem. Só que eles se resumem em COMEÇAR DO ZERO. Reflitamos bem sobre isso!
   “Plante árvores e gere ambiente renovado. Plante valores e gere seres humanos melhores. Plante atenção, consciência e solidariedade com quem está perto ou longe, plante amor e paz e gere vida. FELIZ ANO NOVO PARA TODOS! QUE AS BÊNÇÃOS DE DEUS SEJAM NOSSAS COMPANHIAS SEMPRE...

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Data: 21/12/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

REPENSANDO O NATAL...

O Verdadeiro Aniversariante

   Certo dia um homem passou mal e sujou a calçada. A dona da casa saiu com vassoura, mangueira, desinfetante, água sanitária, gritando: “Pobre é um problema mesmo! Essa cambada não presta! Bebe igual porco e vem vomitar na porta da gente”. (Que eu saiba, porco não bebe. Rsrs.) E ela ficou horas denegrindo a imagem alheia.  De onde eu trabalhava era impossível não ouvi-la. Mas o homem não estava bêbado, e sim com problema orgânico. Ouvindo-a, recordei das palavras de Jesus: “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”. Era época de Natal e eu meditei sobre a vida: “Como estão nossos valores? Onde está nossa solidariedade? Jesus está em nosso coração e mente, na nossa vivência? E nós, estamos em Jesus? O que estamos fazendo de nossa existência?”
   Países em conflito dão trégua no Natal. Por que não dão trégua definitiva? Conflitos exteriores e interiores, luz e trevas, bem e mal lutam sempre. E quantos equívocos nessa época! Quem é o aniversariante: JESUS ou Papai Noel? Nada contra o símbolo que alegra a todos, mas muitas crianças aprendem que há PAPAI NOEL, contudo nem sempre são levadas à convivência com JESUS; O VERDADEIRO ANIVERSARIANTE. Gosto da comemoração de Natal. Discordo de exageros materialistas dominando a essência da data. As mídias conspiram, veiculando em massa comerciais com Papai Noel, passam TODOS os filmes de Natal, mas nenhum sobre Jesus. Depois do Natal volta o “Tsunami” de filmes violentos, sem fundamento e com total desprezo pela inteligência humana. Fala sério!!!
   Também nessa época, após a consulta com um médico em sala próxima, um homem disse: “Feliz Natal para o senhor, Doutor. Papai Noel te dê muita paz, saúde e felicidade.” Papai Noel??? Quem dá isso é JESUS. No Natal as pessoas cumprimentam-se sorrindo mais, eufóricas desejam tudo de bom. Depois o sorriso de alguns desaparece. Devemos ser presentes e irmãos é o ano todo. Jesus deve ser aniversariante presente em tudo na nossa vida, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Na véspera do Natal passado, sai do meu trabalho e vi duas pessoas “conversando”. Riam e comentavam em tom confidencial. Uma tinha a mão para trás, com sacolas de lixo. Ao se despedirem e desejarem maravilhas, uma esperou a outra entrar, jogou o lixo no quintal dela, rindo irônica disse: “Tô te devolvendo em dobro o que você me deu há uma semana.” E Jesus? O que Ele pensa disso.
   Há organizações coletivas em guerra. Há organizações individuais também em guerra, na equivocada visão individualista. Mas Jesus continua nos dizendo que somos luz do mundo e sal da Terra, que devemos brilhar essa luz e temperar melhor a vida, fazermos aos outros o que queremos que nos façam, lembrarmos que fé sem obras é uma fé sem vida útil. O caminho é a CARIDADE material que minimiza a fome e outras carências e a CARIDADE que visita doentes em hospitais, ora pelos presidiários e perdidos nos labirintos de enganos, deseja o bem a todos e faz os seres se sentirem mais humanos, sem contar para a mão esquerda o que fez a direita. É a caridade que começa com os familiares, chega aos vizinhos, colegas e amigos e alça vôo na direção da HUMANIDADE.
   A sábia Joanna de Ângelis diz: “Muitos andam sem rumo, sob o tormento de aflições, dominando-se por desânimo, ansiedade, insatisfação, não aproveitando a inteligência e os sentimentos, perdendo-se pelo tédio perturbador e no consumismo insensato, deixando-se envolver por extravagância, luxo, ostentação, ou na revolta, por falta de recursos econômicos ou emocionais para realizarem-se. Carentes lamentam-se na rebeldia que termina em violência, gerando dor e depressão. Comportamentos materialistas dominam mentes e corações iludidos com felicidade em forma de valores financeiros, destaque social, poder transitório, ambições desmedidas e conquistas transitórias”...
   A Ciência e a tecnologia são fundamentais para a humanidade, mas muitos não as interpretam como processo em favor do bem, não se sentem mais felizes e menos tensos. Há conquistas, mas nem sempre realizações. Sem compromisso ético-moral, caem nos desapontamentos e conflitos íntimos; filhos das ilusões que levam aos abismos...
   Mas Jesus está conosco, modificando a ambiência do Planeta. Sua voz se levanta contra o crime, a insensatez, a indiferença dos fortes com os mais fracos, a hipocrisia, o orgulho e o egoísmo. Seu magnetismo ergue os mutilados do corpo e da alma, conduzindo-os à luz, apresentando-lhes vida verdadeira. Ele mostra a felicidade real, atende a dor de todos, doa a saúde física e espiritual de acordo com o merecimento, defende os pobres e oprimidos e canta o hino da esperança, oferecendo a paz. Ele permanece o Triunfador não conquistado, convocando-nos à transformação moral e à conquista dos imperecíveis tesouros internos: amor, caridade, luz, paz, perdão, respeito, solidariedade, união, etc...
   Aproximemo-nos Dele neste Natal! Analisemos nossa postura geral! Conscientizemo-nos do que fizemos e do que ainda podemos investir em nosso benefício e do próximo. A comemoração do Natal de Jesus; Filho de Deus em nós é convite para O mantermos no íntimo, como a essência sublime do AMOR, para que prossiga vivo e atuante em nós, nos nossos sentimentos, pensamentos e atitudes, na construção da fraternidade universal. Sejamos receptivos a Ele, colocando em definitivo os alicerces do amanhã feliz que todos nós desejamos, como início da Era imortal que Ele anunciou. Deixemos Jesus nos falar ao coração e à mente, cantando o lindo e imortal poema das BEM - AVENTURANÇAS...
   Natal é tempo de EDIFICAR. Com Jesus em nós, nasce o amor, flui a paz que torna-se vida, brilham a felicidade e a compaixão nos tornando mais humanos e espirituais, mais irmãos de todos os seres. À criança que bate à nossa porta e pede pão, ao doente que precisa da nossa visita, ao necessitado que anseia por nossa palavra, a todos que carecem de nossas atitudes e sentimentos, sejamos o bálsamo aliviando dores, a luz clareando caminhos, a harmonia enobrecendo a existência... Sejamos os verdadeiros servidores do CRISTO VIVO e o NATAL será sempre mais um degrau para mudanças que levam à vida plena. Fecho meus olhos e ouço esta canção tão bonita e oportuna: “Então é Natal, e o que você fez? O ano termina, e nasce outra vez. Então é Natal, a festa cristã. Do velho e do novo, do amor como um todo. Então é Natal, e um ano novo também. Que seja feliz quem, souber o que é o bem. Então é Natal, pro enfermo e pro são. Pro rico e pro pobre, num só coração. Então é Natal, pro branco e pro negro. Amarelo e vermelho, pra paz afinal. Então bom Natal, e um ano novo também. Que seja feliz quem, souber o que é o bem...
  Desejo a todos FELIZ NATAL E ANO NOVO EXCELENTE, COM JESUS, com amor e consciência de que tudo será melhor a partir do que fizermos em favor do todo, pela nossa contribuição em favor da paz, da união no mundo e do rendimento da VIDA. Abraços...

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Data: 14/10/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

JESUS E A LEI DO AMOR

   O grande amor de Jesus relaciona-se à Sua superioridade moral, por ser o espírito mais perfeito que conhecemos aqui na Terra. Ele recebeu uma missão só confiada aos mensageiros diretos da Inteligência Suprema que é Deus; Nosso Pai Maior. Portador de magnetismo elevadíssimo, tem ascendência moral e Seu amor é sentimento transcendente a tudo, pois aniquila ódio, orgulho, egoísmo, materialismo e outros aspectos negativos. Jesus é um hino de amor à vida, à verdade, ao bem. É a sinfonia e o roteiro mais seguro para o equilíbrio dos seres. Ele fez da vida um ato de amor, com atitudes, palavras, pensamentos, sentimentos, vibrações de iluminação, mostrando que o princípio, meio e fim de tudo estão no amor. Antes de Jesus entrar em nossa vida, nos equivocamos moral e espiritualmente, e optando pela porta larga das ilusões. Quando temos Jesus em nossa mente e coração, ganhamos novas luzes e cores, acertamos mais em nossas escolhas e direções, nos formatamos a um modelo melhor e optamos pelo mais justo e útil. Sua presença em nossa vida reformula nosso caráter, raciocínio e sentimentos. Ele mostra que O AMOR é indispensável à conquista da felicidade real. Jesus doou seu amor a todos: bons, maus, certos, equivocados, justos, injustos, sábios, ignorantes, vencidos, descrentes, indiferentes e até aos que lhe odiavam e caluniavam. Augusto Cury, no livro “O Mestre dos Mestres” confirma que Jesus fez-se amigo de todos. Aproximou-se, auxiliou, deu liberdade e incentivou todos a pensarem por si mesmos, a se descobrirem no contexto do amor e o desenvolverem. Leiam essa obra!!!

   Jesus ensina que “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO” é O Mandamento Maior. Significa desejar, fazer, pensar, sentir o bem por todos, como queremos que nos façam. É o “Amai-vos uns aos outros”. Ele disse: “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”. Emmanuel diz que muitos ainda são doentes, infelizes e vazios por não verem Jesus no próximo. Todos que Jesus envia e solicitam amor são os próximos: familiares, amigos, colegas, conhecidos. É quem precisa do prato de comida, mas também da palavra amiga. É quem precisa do pão, mas também do calor do coração. Sugerimos o estudo da Parábola do Bom Samaritano e o filme “O Quarto Sábio”. Representam o “Fora da caridade não há salvação”. E o verdadeiro sentido da palavra caridade é o amor. É o BIP: Benevolência com todos, Indulgência com as imperfeições alheias e Perdão às ofensas. Amar é procurar em torno de si uma forma de abrandar dores e dificuldades. É encarar a Humanidade como nossa família universal.
   Mas Jesus disse também: “Amai os vossos inimigos”. E muitos dizem: “Tô fora! Fui! Vazei! Qual é? Amar um bandido que arruinou minha vida? O vizinho que me odeia? É ruim, héim?” Alguns acham que inimigos devem ser deportados para um país em guerra ou para outro planeta em Galáxia distante. Mas precisamos pensar que os “inimigos” auxiliam nosso crescimento. São sinceros, apontam nossos erros e com eles cultivamos paciência, perdão, compaixão. Não gostaríamos de ser deportados para um lugar ruim. Os outros também não. É “Não desejar aos outros o que não queremos para nós”. Amar os inimigos é eliminar o conceito equivocado do “dente por dente, olho por olho”. E equivocados também seremos se não praticarmos os ensinamentos de Jesus. Por isso Ele sugere: “Reconcilia-te com o teu inimigo enquanto estás a caminho”. Detalhe importante: Se não fizermos isso hoje, teremos que fazer depois, em circunstâncias mais difíceis. Um dia eu vi na televisão um homem dizendo: “Eu desejo todo bem para meus inimigos. Que fiquem ricos, tenham a melhor casa, o carro mais show, sejam felizes e saudáveis, mas eu aqui e eles lá na Birmânia”. Mas amar os inimigos é orar por deles, desejar o bem deles, torcer para terem êxito na vida, ajudar se precisarem. Retribuir o mal com o bem muda o rumo de tudo, melhora a convivência e muitos deixam de ser inimigos e viram amigos. Alguns dizem: “Fulano não me desce”. Se quiser, desce sim! A receita é simples: 1 litro da água do amor, 20 gotas de paciência, 3 copos de Benevolência, Indulgência e Perdão, 2 colheres de esforço e vontade, 1 xícara de carinho, 100 gramas de decisão. E saboreamos o gostoso bolo da felicidade recheado com a paz de espírito...
   Eu penso que nós já avançamos muito nesse sentido. Se hoje já somos mais civilizados e pacíficos que há séculos atrás, com os ingredientes da receita acima, ou seja, com a prática da LEI DO AMOR, amanhã poderemos colaborar melhor na implantação do Reino de Amor na Terra, como é o objetivo do Mestre. Já passamos pelo estágio do instinto que é a infância espiritual do amor e pelo estágio da sensação que é a adolescência espiritual do amor. Com Jesus e seu Evangelho, Maria de Nazaré e Deus, entramos na maturidade espiritual do amor. E no futuro alcançaremos a sua plenitude. Joana de Angelis sugere fazermos tudo ao compasso do amor. E o resultado para nossa vida será certamente bem melhor. Que possamos cumprir O MANDAMENTO MAIOR,; a lei do amor que Jesus nos ensina sempre, amando Jesus através do próximo. Amando nós seremos mais que pessoas. Nos tornaremos seres mais humanos e espirituais...

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Data: 05/10/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

AMOR E CASAMENTO...

   JESUS é pleno irradiador de AMOR. Dentro desse assunto, temos o exemplo de Sua presença nas Bodas de Caná. Cairbar Schutel diz: É fundamental espiritualizar o casamento, dar-lhe sentido cristão, pois o amor precisa de união, bondade, respeito, trabalho do coração e do cérebro, entendimento da alma e esforço. Joanna de Angelis confirma: Em toda união as responsabilidades são recíprocas, exigindo contribuição dos dois em benefício do todo.
   O filósofo grego Sócrates disse: O amor está na natureza e nos convida ao exercício da inteligência, fixa morada onde se lhe abram as portas floridas do coração. É o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor. Leon Denis afirma: É pelo amor, sol das almas que Deus mais atua no mundo.
Martins Peralva classifica os casamentos em cinco tipos principais:
   Acidentais: União de almas inferiorizadas, juntas só por atração física. Aproximam-se, casam-se, mas sem preparação, entendimento e amor real. Há muitas uniões só de corpos. Casam-se e “descasam-se”, como se isso fosse normal. Para uns é tão simples como trocar de roupa. Mas a vida não funciona assim.
   Provacionais: União de almas para reajuste e evolução mútua. São muito comuns também. Há muitos lares com desarmonia, desconfiança, antipatias, conflitos morais e até tragédias (ou comédias). Certa vez vi uma noiva entrar apressada num ônibus, com maquiagem borrada e cabelo desgrenhado. Todos olharam, pois foi algo incomum. Ninguém sabia se ela corria para o casamento ou do casamento. Em visita a um casal, percebi na estante uma pedra muito suja, “esverdeada” de lodo. Vendo-me “meio hipnotizado” olhando a pedra, ela disse: “Gostou da minha pedrinha?” Eu pensei: “Pedrinha? É uma pedra imensa”. Ela então comentou: “Ninguém toca na minha pedra há anos”. Eu refleti: “Percebe-se pelo estado dela”. Ela explicou: “Esta pedra é lembrança da minha alma gêmea”. Eu comentei: “Que interessante! Uma lembrança do seu casamento”. Ela imediatamente retificou: “Mas não é do meu atual e quinto casamento, não! É do primeiro. Foi esta pedra que eu atirei nele, quando descobri sua infidelidade”. Há casais que até ensaiam brigas na frente do espelho, analisando as melhores poses e expressões de efeito. Outros estão próximos, mas só se falam através de recados pelos filhos. São sinais inequívocos da falta de AMOR. É preciso compreensão, boa vontade, tolerância, humildade e respeito funcionando como suaves amortecedores.
   Sacrificiais: União de alma iluminada com alma inferiorizada. É casamento com renúncia de um deles para evitar problemas e buscar a evolução de ambos. São pessoas com valores e sentimentos opostos. Uma é paz, calma e luz. Outra é briga, explosão e dificuldade. São aqueles casos que todo mundo fala: “Ah, eu não aceitaria isso”. “Ela agüenta tudo que o danado faz”. “Ele suporta tudo da mala sem alça”. Conheço um casal assim. Um homem muito equilibrado, esclarecido e pacífico casou-se com uma mulher toda equivocada e desequilibrada. Ele trabalhava e ela só assistia TV e ouvia rádio, mas só programas inúteis. Um dia ela ouviu o termo “juntar as escovas dente”, mas não entendeu bem o sentido. Quando ele foi escovar os dentes, viu as duas escovas amarradas com cola e arame. Ela explicou eufórica: “Eu prendi as escovas bem juntinhas, meu lindo, para amarrar mesmo o nosso casamento. Ouvi no rádio que isso dá super certo”. Mas quando ela se irritava desamarrava as escovas.
   Afins: União de corações amigos para consolidação de afetos. São almas com certo esclarecimento e muito amor. No casamento reforçam os laços de afeição e desenvolvem os valores nobres da alma.
   Transcendentes: Almas enobrecidas no bem e no amor fraterno para realizações de interesse geral. A vida desses casais tem objetivo superior. Estão acima das emoções inferiores. Têm o amor puro e vivificam a luz.
    Em toda união é preciso ajuda mútua, inclusive nas tarefas domésticas: lavar a louça, arrumar a casa, fazer almoço, trocar a lâmpada, segurar o bebê, dar banho no cachorro, etc. Mulher não é escrava das tarefas e homem não deve ter preconceito. Não há função só de homem ou de mulher. Direitos e deveres são iguais. André Luiz aconselha: Respeitar as amizades do outro. Tem gente que faz tromba se chega o amigo do outro e/ou manda cortar amizade. Entender a diversidade de gostos do outro. Um surta e quer assistir “O massacre da serra elétrica” e a outra tem que assistir e achar lindo? Não! Se um gosta de uma atividade, não deve ser podado naquilo, nem ser forçado a gostar de certas coisas. Antes de ver erros e defeitos, verificar qualidades. A comunhão afetiva no lar começa todo dia, para consolidar-se em clima de harmonia e segurança. É regar as plantinhas do relacionamento...

   Escrevendo aos efésios, Paulo de Tarso fala sobre o casal amar-se, respeitar-se, ajudar-se. Emmanuel diz: O cristão sincero assume os compromissos conjugais, honra a sua decisão, santifica o casamento, desempenha seus deveres evangélicos ante Lei Divina que vibra em sua consciência cristianizada. Purificadas as afeições, acima dos laços de sangue, o sagrado instituto da família se perpetua no infinito, através dos laços imperecíveis do espírito...

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Data: 24/09/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

“PEQUENAS” ATITUDES QUE FAZEM A GRANDE DIFERENÇA...

Vivemos um tempo de medo, desconfiança, dúvida e outros aspectos impedindo a aproximação dos seres. Violência, ambição desmedida, diferenças econômicas, religiosas e sociais nem sempre justificáveis e outros pontos que geram fome, exclusão e desespero. Infelizmente estão no nosso cotidiano, criando afastamento, reclusão íntima, diferença, indiferença e preconceito; um dos venenos mais mortais...

Há grandes guerras entre nações e “pequenas” guerras pessoais entre pessoas. Bombas e outros artefatos criados por pessoas distanciadas da paz explodem cidades, dizimam famílias. Bombas que vivem nos corações endurecidos arrasam ideais, sonhos, esperanças, sentimentos. Há ainda muito ódio, orgulho, egoísmo, prepotência e discórdia lutando contra UNIÃO e AMOR UNIVERSAL, que são algumas das metas dos que se consideram filhos de um DEUS que vive em nós através dos valores essenciais ao crescimento geral dos seres, vitais ao desenvolvimento da existência. Por que tudo isso ainda ocorre no planeta? Porque ainda há muita gente que não tem DEUS no coração, na mente, na vivência...
   Mas também é tempo de mudança para destruir o negativo. É simples? Não! É complexo. Requer uma postura radical em favor do bem e contra o mal. Alguns dizem: “Mas eu não posso fazer nada. Quero um mundo de paz, igualdade, saúde, felicidade e êxito para todos, mas isso não se resolve só com a minha vontade.” Nós podemos e devemos fazer muita coisa, SIM! Contam que havia um grande incêndio numa floresta e todos os animais começaram a carregar água para apagarem o fogo. Bichos de todas as raças, de acordo com suas possibilidades empenharam-se nesse propósito, “arregaçaram as mangas” e colocaram-se nas fileiras do amor para a grande batalha em favor da vida. Mamíferos, répteis, aves e outras espécies participaram da empreitada do bem. Uma grande ave que voltava, após carregar porção maior de água em seu enorme bico, vendo um pequeno pássaro levando água em seu biquinho, exclamou irônica: “Não sei porque você está fazendo isso. Seu bico é muito pequeno. Com essa quantidade de água jamais apagaremos o incêndio.” O pequeno pássaro despejou a água sobre as chamas e respondeu com simplicidade, mas também com muita propriedade: “Eu estou fazendo a minha parte.”  A nossa contribuição é fator bem decisivo na luta contra incêndios do mal. Sêneca disse: “Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos fazê-las. É justamente porque não ousamos fazê-las que tais coisas são difíceis.” Chico Xavier reforça: “Falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.”
   Não precisamos de cargo importante para realizarmos algo útil, pois é também nas pequenas ações diárias que demonstramos o cristão que somos. Se alguém está triste, desanimado, sem esperança, enfermo física ou espiritualmente, preso nas armadilhas da vida, escravizado por vícios físicos ou morais, sem destino e procurando luz, nós podemos ser a alegria que anima e dá esperança no porvir, o bálsamo que restaura e cura as feridas, a libertação das correntes que aprisionam, a luz que brilha e ilumina no fim do túnel. Palavras amigas e confortadoras, pensamentos e sentimentos elevados, atitudes sinceras em favor dos outros são elementos positivos que temos em nós e podem reverter os quadros cinzentos, repintando-os com cores alegres e saudáveis. Um “bom dia” falado com o coração pode plantar sementes de esperança e paz. Um belo aperto de mão cheio de energias positivas fará a transfusão de força renovada. Um olhar fraterno e um sorriso verdadeiro vão alimentar sonhos e ideais. Um forte e caloroso abraço com a nobreza da alma, sem dúvida modificará o campo mental e incentivará na edificação de novos e acertados rumos. Rousseau e Lacordaire afirmam: “Quantas injustiças podem ser esquecidas no abraço de um amigo. A amizade é o mais perfeito dos sentimentos porque é livre.”
   Um “simples”, mas confiante aperto de mão faz renascer a coragem de quem ia fraquejar. Um “simples” olhar ou sorriso sincero e bem intencionado vivifica o ânimo de quem está a um passo da derrota. Uma “simples” frase construída com a mente liberta do preconceito e do distanciamento pode renovar todos os valores adormecidos ou varridos pelas tempestades e vendavais, trazendo luz, confiança, fé e a certeza do êxito para quem está à beira do abismo. Um “simples” abraço dado com a verdadeira emoção humana e fraterna refaz caminhos, apresenta verdades antes invisíveis e aponta as respostas para uma nova vida. São “pequenas e simples” atitudes que fazem a GRANDE DIFERENÇA.
Érico Veríssimo disse: “Felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente.”
Michelangelo Buonarroti reforça: “O amor é asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu.”
   “Simples e pequenos” gestos diários podem evitar guerra entre povos, queda de irmãos. São os GRANDES E VERDADEIROS argumentos para um mundo melhor. É a terapia das “pequenas” coisas que fazem de todos nós a estrada renovada e iluminada de cada amanhecer com JESUS. Nessas ações deixamos de ser simples mortais e nos tornamos GRANDES e VIVOS representantes de DEUS. Reflitamos nisso e sejamos edificadores de luzes e sons, enviados pelas forças espirituais do bem. Quando você estiver precisando de alguém para conversar, nem pense em me procurar! Me procure sem pensar!

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Data: 29/08/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

JULGAMENTO E PRECIPITAÇÃO...

   Em uma de suas colocações mais profundas Jesus disse: "Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medirdes sereis medidos." E num dos momentos mais significativos do Evangelho, Jesus não condenou a mulher apanhada em adultério. Ele amparou, compreendeu e sugeriu acertar sua vida. E todos ao redor sentiram vergonha de suas intenções.
   Há um caso oportuno ocorrido em Nova York. Pessoas liam jornais, dormiam, conversavam em um metrô. Entrou um homem com os filhos e esses faziam muita bagunça, tumultuando o local. O homem sentou-se, fechou os olhos ignorando tudo à sua volta. Os filhos corriam, gritavam, atiravam objetos incomodando as pessoas. Os que dormiam eram acordados com tapas nas orelhas e os que liam, viam seus livros e jornais voando pelos ares. E aquele pai nada fazia. Todos se irritaram, considerando-o insensível por não tomar uma atitude com os filhos. Um deles dirigiu-se ao pai e disse: “Senhor, seus filhos estão enlouquecidos. Dê um jeito neles!” O pai olhou, tomando consciência da situação naquele momento e, muito constrangido disse: “Sim, o Senhor tem razão. Vou falar com eles. É que acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu estou confuso e perdido e parece que eles também se sentem assim.”Podemos imaginar a reação de todos com aquela resposta tão inesperada e dolorosa. O outro só conseguiu dizer: “Desculpe-me. Eu sinto muito.” É muito bom quando há tempo e oportunidade para corrigirmos equívocos cometidos com alguém. Se prestarmos atenção, a vida sempre nos dá a chance de não nos precipitarmos, mas caso o façamos, ela oferece também condições para a reparação e revertermos o quadro.
   Muitas vezes as pessoas sentem e agem fora do normal, por não percebermos a realidade das situações. Uns condenam, apontam o dedo, batem o martelo sem a mínima análise dos que estão passando por árduas dificuldades. Por precipitação muitas dores, sofrimentos, dúvidas, anseios, necessidades e medos alheios não são percebidos e perde-se a oportunidade de julgarem menos e ajudarem mais. Em tudo na vida, cabe-nos perguntar: “O que O Mestre Jesus faria se estivesse aqui nesse momento, diante dessa situação?” Devemos desenvolver a percepção da dor alheia e melhorarmos a vida ao nosso redor. É tão bom quando alguém identifica as dores e sofrimentos que não expressamos. Quando alguém percebe que estamos atravessando momento difícil e nos oferece apoio. É confortador quando alguém sente em nossos olhos a tristeza que sentimos e nos oferece palavras otimistas, olhares esperançosos, pensamentos, sentimentos de força e vitória.
   As pessoas têm formas diferentes de enfrentarem os problemas. Desesperam-se ou ficam apáticas, agridem ou fogem. Não julguemos a situação pelas aparências, pois podemos nos enganar. Vivemos em uma sociedade habituada a julgar. Atitude infeliz que vem de remotos períodos, pinta o outro de acordo com uma visão pessoal e condenatória. Crimes são cometidos por julgamento equivocado. Injustiças ocorrem no calor do julgamento precipitado. Pessoas criam idéias contra outras, muitas vezes sem o menor fundamento. Inimizades surgem através dos julgamentos não baseados na realidade. Destruições e guerras acontecem por alguém julgar uma situação, apenas sob o seu prisma e sem uma análise mais científica e principalmente humana. A sábia Madre Teresa de Calcutá disse: "Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las."
   Todos detestam ser julgados, mas adoram julgar. Julgam segundo seu padrão de perfeição, beleza, ética, moral, de certo e de errado. Defendem como certas as suas idéias e classificam de anormais as idéias alheias. Assumem a postura dos “grandes” dominadores do passado, usam armas e armadura e vão à luta, acreditando como nos períodos sombrios da História, que lutam por ideais nobres. Quanto engano e atraso na vida! Julgam sem análise comportamentos, palavras, olhares, pensamentos e sentimentos de familiares, vizinhos, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos. E geralmente a situação é bem diferente do que imaginam. Jesus ensina: “Julgue não pelas aparências, mas pelo justo julgamento”.

Dante Alighieri diz com propriedade: “Quem és tu que queres julgar, com visão que só alcança um palmo, coisas que estão a mil milhas?”

Carlos Drummond diz: “Fácil é julgar pessoas que são expostas pelas circunstâncias. Difícil é refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente o que já fez muito errado. E é assim que perdemos muitas pessoas especiais.” Aproveitemos tais ensinamentos de visão ampla e coloquemo-nos na vida, não como julgadores, mas como colaboradores a serviço do bem comum, da felicidade coletiva, do amor universal. Nós podemos ser a palavra que une, a mão que restaura, o olhar que fortalece, o sentimento nobre que edifica...
JULGAR É CONDENAR-SE À INFELIZ CONDIÇÃO DE INDIGNO SEGUIDOR DE UM MESTRE JESUS QUE APRESENTOU O AMOR COMO CONDIÇÃO E MANDAMENTO MAIOR PARA UMA VIDA PLENA DE FELICIDADE, LUZ, PAZ, SAÚDE E ÊXITO...

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Data: 25/08/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

A CONJUNÇÃO “MAS” NO COTIDIANO...

    Escrevendo aos Filipenses, o Apóstolo Paulo de Tarso disse: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Jesus também afirmou que nós podemos, se assim o desejarmos. Referiu-se à nossa capacidade de realizar, sentir, pensar o positivo para nós e para todos, incentivando-nos também a sermos mais confiantes e decididos. Muitas vezes agimos de forma nociva à nossa existência e ao mundo que nos cerca. Uma delas é se usamos a conjunção “MAS” sentenciando nossa derrota, desânimo, preguiça, indiferença diante das possibilidades que nos são oferecidas em várias circunstâncias: em família, no trabalho, na vida social, na religião, etc.
   O livro “Pão Nosso” ensina que o “MAS” pode mostrar nossa postura perante o Evangelho e a vida. Se o usamos antes do nome de Jesus, exprime nossa firmeza, confiança e fé. Se o usamos depois, mostra nossa indecisão, ociosidade e indiferença. O MAS define o rumo de muitas coisas. Palavra pequena, mas realça nossa profissão de fé ou nossa confissão de ineficiência. Vejamos alguns exemplos de colocações no dia-a-dia. Os seres conscientes da importância de Jesus, dizem: “Assim convida o mundo, MAS Jesus pede outra coisa”. Muitos querem agir de forma prejudicial a si e ao próximo, MAS pelas Leis de Deus que regem a vida, não devemos seguir isso. Devemos moderar certas ações, acertarmos mais, buscarmos o que é útil para toda Humanidade. “Ainda não tenho certas condições, MAS Jesus me acrescentará, pela minha necessidade e meu esforço”. Ainda não sou como deveria ser, MAS, posso e devo reverter o quadro de minha vida, tornando-me com mais condições. “Não conheço tudo do caminho certo, MAS Jesus me conduzirá a ele”. Sei pouco, entendo com dificuldade, tenho limitações sobre o amor, o bem, a caridade e outros valores nobres, MAS, se eu buscar com vontade e decisão, encontrarei tudo que preciso para seguir o rumo certo. Os decididos identificam e assumem as próprias fraquezas, mas confiam em DEUS e vivenciam Suas lições.
   MAS, os NÃO antenados com tudodebom.com.br que é JESUS, dizem: “Assim aconselha Jesus, MAS não posso seguir”. Optam por desculpismo, comodismo e fracasso. “Creio no amor de Jesus, MAS não tenho força para ser cristão”. Esses preferem ser vistos como “coitadinhos”, vítimas do mundo, arrastados pela correnteza. MAS não há arrastamento irresistível que nossa vontade firme não possa enfrentar. “Sei que o caminho é Jesus, MAS o mundo não me permite segui-lo”. Acolhem intimamente as opções equivocadas, escondem-se atrás da máscara da fraqueza e do oportunismo, esquecendo que Paulo de Tarso diz: “Tudo me é lícito, MAS nem tudo me convém”. Isso significa que posso fazer o que quiser, pois tenho livre-arbítrio, mas devo me conscientizar de que nem tudo será bom para mim e para os outros. Muitos nem pensam na reflexão de Paulo. São os preguiçosos que percebem as bênçãos que o Divino Mestre lhes oferece, mas ignoram-nas. Entregam-se ao “arrastamento” criado por eles mesmos. Perdem a oportunidade ímpar de evoluírem, caminharem para a frente, para o alto, para a luz que emana de Deus; O Pai de Amor Maior.
   O uso incorreto do “MAS” é frequente nas colocações sobre os outros. Alguém diz: “Fulana é bonita!” E outro sentencia: “MAS é muito metida”. Um diz: “Beltrano é muito inteligente”. Alguém critica: “MAS é meio perturbado de tanto estudar”. Ouvi certa vez duas pessoas conversando, uma delas elogiando um rapaz. “Ele é educado, pacífico, trabalhador e muito prestativo”. A outra com sentimentos infelizes de inveja e maledicência disse: “MAS ele é também muito debochado, super mulherengo, fuma e bebe demais”. 
    Devemos evitar que a inversão de valores seja pauta de nossa vida diária. Mesmo que alguém tenha erros e enganos, vejamos o lado positivo, anotemos principalmente os aspectos bons do seu caráter. Paulo diz: “O amor cobre a multidão de erros”. Apliquemos isso também no sentido de acreditarmos que as atitudes nobres de uma pessoa são o seu cartão de visitas e podem corrigir aspectos ainda em descompasso.
   Lembremo-nos de que o próprio Paulo de Tarso cometeu erros, mas depois tornou-se um discípulo de Jesus, e, quando apedrejado e perseguido, manteve-se forte. Repitamos e vivenciemos sua colocação: “Tudo posso naquele que me fortalece”. E em uníssono com ele, podemos e devemos dizer:

Eu ainda tenho muitas dificuldades, MAS Jesus me ajudará a vencê-las. Eu ainda sou fraco, MAS Jesus me fortalecerá. Eu ainda erro demais, MAS Jesus me ensinará a acertar mais. Eu ainda não sou bom e correto o suficiente, MAS Jesus me fará melhor a cada dia. Eu ainda não tenho a fé viva, firme e verdadeira, MAS Jesus alimentará meu ânimo e minha coragem, para que eu confie mais. Eu ainda não amo o necessário, MAS Jesus me ensinará a plantar mais sementes de amor. Eu ainda não aprendi a perdoar e esquecer, MAS Jesus me nutrirá com mais valores nobres. Eu ainda estou andando muito devagar na estrada do bem, MAS Jesus me encaminhará ao alto. Com meu esforço, vontade, decisão e com JESUS, um dia eu alcançarei a perfeição...

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Data: 17/08/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

O PROPÓSITO DA VIDA...

   O filme “HAIR” é uma postura contra violência e opressão, um hino de amor e liberdade. Lindo musical que fala de essência humana e vida. Quando o personagem Claude vai para a guerra, confuso entre idéias de patriotismo e a influência de amigos sobre liberdade, canta “Where Do I Go?”, que fala de destino dos seres.
   Quais os objetivos da existência? Correção de erros e equívocos, libertação de preconceitos e diferenças, avanço em direção aos acertos, vitória sobre as dificuldades e a nossa efetiva transformação para a evolução. Espera-se que através das várias experiências, reconstruamos a vida sobre sólidas bases morais e éticas, cultivemos e ampliemos valores positivos, nos relacionemos bem com os outros, ensinemos e aprendamos coisas boas, nos dominemos e caminhemos sem “pitis”. Mas nem sempre praticamos isso. E muitas angústias, inquietações, dores, desajustes e perturbações, resultam do descompasso, da distância entre o que planejamos e o que realizamos, entre as oportunidades que jogamos fora e as que aproveitamos.
   Quem e o que somos, porque estamos aqui e para onde iremos são questões que nós decidimos com ações. Determinamos o resultado pelas escolhas que fazemos na vida. Seremos exatamente aquilo que fizermos de nós. Vivenciando o belo, o bom, o melhor da vida, naturalmente colheremos maravilhas. Jesus disse: “A cada um segundo suas obras”. Somos o que fazemos da vida, nas “grandes e pequenas” situações diárias.
   Um rapaz chegou a uma cidade, onde pretendia morar. Aproximou-se de um senhor em uma praça e perguntou: “Meu senhor, como é esta cidade e o povo que mora aqui?” O senhor respondeu com outra pergunta: “Como é a sua cidade e o povo que mora lá?” O rapaz disse: “Minha cidade é terrível para se viver e o povo é maledicente, falso, mentiroso. Lá tenho muitos inimigos.” O senhor então disse: “Esta cidade e o povo daqui são exatamente assim.” Um tempo depois veio outro rapaz, também com intenção de morar naquela cidade e perguntou ao mesmo senhor da praça: “Meu senhor, como é esta cidade e o povo que mora aqui?” Novamente o senhor respondeu com outra pergunta: “Como é a sua cidade e o povo que mora lá?” O segundo rapaz disse: “Minha cidade é ótima e o povo é feliz, sincero, prestativo. Sinto saudade dos amigos de lá.” E o senhor concluiu dessa vez: “Esta cidade e o povo daqui são exatamente assim.”
   Lugares, pessoas, tudo na vida será melhor se enxergarmos o lado positivo. Muitos olham uma construção e dizem: “A casa é legal, mas é muito pequena e não é agradável”. Mas outros optam por dizerem: “A casa é pequena, mas podemos torná-la mais bonita e até maior.” Quem olha o lado bom, transforma tudo em beleza. Mas só percebe a beleza de um jardim, quem o atravessa procurando sentir o perfume de suas flores.
   Alguns estão sempre com péssimo humor. Acham todo lugar ruim, toda pessoa chata. Para esses o mundo é sempre feio e o Universo está sempre em total desencanto. Esses olham um latão de lixo e enxergam ali só podridão. Mas ali está também o resultado do trabalho de pessoas que cuidam da higiene e da saúde.
Certa vez, uma moça desesperada por medo de não passar de ano, foi a uma Biblioteca pesquisar História. A atendente perguntou: “História do Brasil ou Geral?” Ela respondeu: “Não sei”. A pessoa, para atender bem, perguntou: “Qual assunto de História?” Ela respondeu: “Sei lá. Eu não vou à aula há três semanas porque eu detesto aqueles professores chatos e não suporto entrar naquele colégio péssimo e cheio de gente falsa”. A atendente argumentou: “Procure saber qual é a pesquisa com uma amiga, colega ou uma vizinha sua.” A moça a encarou e sentenciou: “Amiga? Colega? Vizinha? Deus me livre e guarde desse povo! Eu não tenho nenhuma amiga, nem colega. Na minha rua só tem gente imprestável e fofoqueira. Quer saber? Nessa cidade todos são umas malas sem alça e sem fundo”. Reflitamos: seria aquela moça um exemplo de virtudes e seus professores, o colégio e todos os colegas e vizinhos os errados? Pouquíssimo provável.
   Só quando entendemos, respeitamos e valorizamos os outros, o nosso progresso se faz presente, vivo, real. Precisamos aceitar que nós também temos atitudes a serem repensadas e mudadas para nossa evolução.
   Emmanuel e André Luiz, através do respeitado Chico Xavier falam duas coisas que merecem reflexão nesse aspecto. Um compara a vida com uma escultura. Diz que da mesma forma que ela sofre golpes de buril para se tornar uma obra de arte, nós precisamos aparar as próprias arestas para sermos melhores. Assim como a escultura perfeita é o sonho do artista, nós evoluídos somos “o sonho de Deus”.

O outro compara a vida com um filme que precisa ser analisado, corrigido, editado, selecionando as cenas que representem o melhor a ser mostrado ao público. Tudo que é ruim deve ser retirado e o que é bom deve ser aproveitado para que o filme seja agradável a todos.

Nós também devemos eliminar de nós tudo que signifique atraso na vida e adicionarmos todos os valores positivos para nosso adiantamento, para que no futuro, O FILME DA NOSSA VIDA ESTEJA NA TELA DA VERDADE, COMO UM ENCAMINHADOR EXEMPLAR...

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Data: 04/07/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

RENOVAÇÃO POSITIVA; VITÓRIA DO BEM...

   Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Buda, Chico Xavier, Einstein e muitos outros são exemplos de vida, pela dedicação ao bem, por vencerem dificuldades pessoais e do meio, exemplificando amor e luz. Sempre há também um vizinho, conhecido, amigo, até alguém anônimo que superou e venceu dificuldades.  Refletindo nisso, indagamos: Estamos em que patamar da escala evolutiva? Como anda nosso projeto de renovação dos valores? Incorporamos à nossa existência a transformação moral? Qual a nossa postura diante da vida?
 Quando somos parados demais, dizemos: “Graças a Deus eu sou calmíssimo, paciente e tolerante”. Somos mesmo? Quando briguentos e explosivos, dizemos: “Eu sou assim mesmo e não mudo. Deus me fez desse jeito”. Mas Deus não cria plastas ambulantes nem fabrica bombas nucleares humanas. Deus cria seres destinados ao progresso, oferecendo chances de substituirmos velhos hábitos e comportamentos retrógrados por novas posturas; eliminarmos pontos negativos, incorporando consciência e prática de amor e caridade.
   Muitas vezes, nos obstáculos, dificuldades e divergências, fugimos da situação, nos desanimamos ou queremos impor idéias pela força ou pretensão de superioridade. Mas ninguém é superior nem tem direito de dominar. Fugindo da resolução certa não participamos do rendimento da vida. Nas tribulações (doenças, dívidas, perseguições, etc.), nos desesperamos, esquecemos que dor pode ser sublimação e não confiamos no comando seguro de Deus. Tais aspectos impedem a vitória sobre nós e sobre a influência do meio negativo.
   Costumamos ver dificuldades, obstáculos e problemas só como algo ruim atravessando nosso caminho. Mas certas coisas podem ser também oportunidades de demonstrarmos ânimo, equilíbrio e fé. Desafios, crises e as lutas diárias são lições que devemos analisar e aproveitar para nosso crescimento.
   “Há uma passagem muito interessante que ocorreu com Chico Bento. Ele voltava da Escola e ao ver as goiabeiras do Nhô Lau carregadas de goiabas madurinhas, ficou com água na boca.(A fruta do vizinho sempre nos parece mais doce...)Mas, Nhô Lau, colocou ali um obstáculo: dois cães enormes, bravos e famintos para protegerem seu pomar. Apesar das peraltices naturais da idade, Chico Bento é um menino de boa índole e bom coração, um cristão 1000% do bem e adora animais. (Por isso sou fã dele).Vendo os cachorros rosnando e uivando, percebeu imediatamente que o problema deles não era ferocidade, mas principalmente fome. Pegou alguns pedaços de pão com queijo que sobraram da merenda e deu aos bichinhos, que os devoraram em segundos. Os cães sentindo-se diante de um amigo brincaram, lamberam, rolaram com Chico pela estrada e ele esqueceu das goiabas.”Sempre que alguém está pensando algo incorreto e muda o campo mental, canalizando-o para ações em favor da vida, há renovação positiva e vitória do bem. Toda ação benéfica e útil neutraliza as investidas do mal e seus derivados.
   Nos perigos, adversidades, ofensas e tentações muitos dizem: “Ah, eu não resisto! Isso é mais forte que eu! A carne é fraca!” E aí cedem às tentações, desesperam-se diante dos problemas, revidam a ofensa, dizendo: “Ah, isso não tá em mim! Eu falo e faço o que penso! Quando eu vejo, já saiu!”Temos aí outra colocação sem sentido, pois “está” é em mim, sim. A atitude foi por minha própria vontade, já que a carne não raciocina e não há arrastamento irresistível que nossa decisão não possa vencer.  Reação impulsiva só piora tudo, mas só aparentar mansidão também não funciona. Fazer cara de espírito super evoluído, mas a mente xingando até a 5ª geração passada também não é ideal. O mal não merece ser comentado ou escutado, mas um dia eu não consegui não ouvir uma “conversa” na fila de um Banco. Alguém falou coisas terríveis sobre outra pessoa e no final disse fervoroso: “Mas eu tenho fé na Justiça de Deus. Aquele salafrário me paga! Deus vai cobrar com juros e correção monetária, vai tirar a casa e o carro dele e quebrar as pernas dele”.E o outro sentenciou: “É melhor matá-lo de uma vez e ele ir pro inferno e te deixar em paz.”Quantos equívocos nessa maledicência! Deus não é cobrador, nem lida com operações financeiras. Ele é Pai de Amor, quer o bem de seus filhos e nunca atende pedidos do mal. Há só os nossos estados emocionais bons ou ruins que nós criamos. Somos eternos e destinados ao progresso e à vitória da luz.
   A literatura nos apresenta um grande exemplo na obra de Homero; autor de “Ilíada” e “Odisséia”. Um dos heróis enfrenta obstáculos, ciladas, perseguições, tentações, mas vence. Por quê? Por ter compromisso com o objetivo de retornar à sua casa, sua esposa, seu filho e seu povo. Por fidelidade aos seus princípios luta contra o mal, pois sabe que pode vencer. Ele nem era cristão, mas já agia assim. E nós, que conhecemos o Evangelho, repleto de elucidações para nossa RENOVAÇÃO? Podemos fazer muito mais e obtermos vitórias sempre, se nos dispusermos a ser o sal da terra e a luz do mundo, como nos ensina JESUS...
 Buscamos algumas frases para nossa meditação. Gandhi: “Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.” Leonid M. Leonov: "Nenhuma grande vitória é possível sem que tenha sido precedida de pequenas vitórias sobre nós mesmos.” Platão: "A primeira e melhor vitória é conquistar a si mesmo.” E concluímos: A Terra é a grande Faculdade da existência. Família, amigos, religiões, trabalho e lazer são salas de aula. Estamos aqui na condição de professores e alunos. Gestos de educação e gentileza são ações que neutralizam ou minimizam atritos e discórdias. Orientação, ânimo, pensamento, sentimento e atitude de amor ao semelhante e a postura de confiança em Deus com aplicação de seus princípios, são as pequenas renovações no dia-a-dia, que nos levam a “GRANDIOSA E CONCRETA VITÓRIA DO BEM”.
 
Colocamo-nos à disposição para troca de idéias, perguntas, comentários e novas amizades. Abraços a todos de Descoberto; cidade muito especial para mim e também às cidades vizinhas.

Ademir Fernandes de Sousa: ademirferso@hotmail.com   ademirferso@yahoo.com.br  
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Data: 29/06/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

PACIÊNCIA E EQUILÍBRIO NO COTIDIANO...

Paciência é a virtude de manter o emocional equilibrado. Consiste em tolerar mais os erros alheios e fatos indesejados. Muitas vezes esquecemos que certas situações podem ser sublimação para a alma e não confiamos no comando seguro de Deus. Agitados, não entramos em sintonia com o Pai de amor maior. Os ensinamentos cristãos sugerem paciência com quem nos faz mal, pois muitas vezes não têm consciência do ato e do resultado de suas atitudes infelizes. A consciência faz renunciar ao mal e só praticar o bem.
   Trote é coisa de pessoa equivocada quanto ao uso do tempo. Meu primo foi vítima dessa perturbação por seis meses. Todo dia ele recebia telefonema de alguém falando palavrões e xingamentos, lançando as piores idéias de calúnia e maledicência sobre seus familiares. De temperamento explosivo, ele discutia também, xingava, gritava, chorava de raiva, e o outro rolava de rir. Como nos desenhos animados em que um bichinho até atravessa a linha do telefone para voar no pescoço do outro, ele ficava roxo e sem voz de tanta ira. Sugerimos que ele desligasse o telefone e não continuasse o assunto, mas ele ficava surdo, cego e mudo aos nossos toques. Um dia ele olhou para nós, lembrou que somos cristãos espíritas e, achando que teve uma brilhante idéia, sorriu com ar de vitorioso e disse para o senhor dos trotes: “Aqui, meu filho, eu sou médium vidente. Estou vendo você aí”. E o outro riu mais, debochou e falou coisas piores. Meu parente passou mal e foi internado. Foi a oportunidade para sugerirmos mudanças, em especial: não atender o telefonema e orar pela pessoa, pois era uma alma enferma. Ele aceitou orar, mas atenderia o telefonema. Então pedimos que fosse paciente e equilibrado e lesse mensagens positivas para a pessoa. Ele saiu do hospital no domingo e na segunda-feira a “segunda temporada da série TROTES” começou. O telefone tocou e ele atendeu, transpirando e tremendo, com uma Bíblia aberta no Evangelho de Mateus, nas Bem-Aventuranças. O “troteiro” recomeçou a conversa negativa e ele lendo o Sermão da Montanha. Um fala de cá, outro xinga e debocha de lá... Cada dia ele lia mensagens de um livro: Sinal Verde, de André Luiz, Diretrizes para o Êxito, de Joanna de Ângelis, Vinha de Luz, de Emmanuel, O Mestre dos Mestres, de Augusto Cury, Histórias para aquecer o coração, de Mark Victor Hansen, etc. Aos poucos foi revertendo o quadro. Após seis meses de esforço, um dia ele já atendeu ao telefone dizendo: “Meu amigo, que surpresa boa! Eu já esperava mesmo por você. Hoje eu vou falar sobre Manoel Philomeno de Miranda”.E o telefone foi desligado do lado de lá. Nunca mais ele recebeu o trote, mas leu tantos livros com temas positivos e saudáveis que se tornou um trabalhador em favor do amor, da paciência e do equilíbrio. “Shakespeare diz que a paciência é a mãe das virtudes.” “Jean-Jacques Rosseau afirma que a paciência é amarga, mas os seus frutos são doces!” Enquanto meu parente agia com impaciência, não resolvia a situação, mas bastou reverter seu método com paciência e tudo foi resolvido.
   Um dos grandes problemas dos seres é a impaciência.Se vendessem paciência nas lojas, drogarias e supermercados, muita gente gastaria boa parte do salário nessa mercadoria tão rara. “Isaac Newton diz: Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento.”
   Uma conhecida nossa sempre brigava com o namorado, até que ele decidiu terminar de vez o namoro. E ela “DECIDIU entrar em depressão”. Trancou-se na “masmorra”, desgrenhou o cabelo e vestiu sua roupa mais feia e velha. A mãe preocupada dizia: “Filhinha, abra essa porta, você precisa se alimentar, senão vai ficar doente”. E ela respondia com voz de fundo de caverna: “Não! Eu não quero mais comer, beber, nem quero ver a luz do sol. Meu mundo caiu...” Porém, antes de se trancar, ela passou no supermercado e comprou tudodebom.com.br de alimentos. Mas o pior da história é que ela ouvia só uma música no último volume. “Travessia, do Milton Nascimento” é linda, mas não para ouvir direto. Ela só tirava para colocar “Eu sei que vou te amar, do Vinícius de Moraes”. E na parte que diz: “Em cada despedida vou chorar”, ela cantava aos berros junto com a música. Em uma semana a família não agüentava mais e estava quase decretando estado de “calamidade pública”. Seu irmão não suportou, procurou o namorado dela e falou: “Meu amigo, você gosta da minha irmã?”. O rapaz respondeu: “Claro que eu a amo, ela é a razão da minha vida, etc, etc, etc.” E o irmão dela concluiu: “Então, pelo amor do Cristo, vá lá e descasque o abacaxi, pois nós não conseguimos”. O moço só esperava a deixa. Foi para casa, trocou de roupa e “voou” para a casa dela. Eu estava presente na hora. Quando a mãe dela falou que ele estava na sala, eu marquei no relógio. Em menos de um minuto ela surgiu na sala, com uma roupa na moda, cabelo com escovinha, maquiagem completa e um sorriso mil% feliz. Terminou tudo bem, mas, se ele não voltasse? Precisamos nos preparar para resultados diferenciados em todas as áreas de nossa vivência. Na vida há encontros, reencontros e desencontros. Não adianta criar clima ou surtar. Tudo é como elaborarmos com postura de paciência e equilíbrio, de acordo com o certo, bom e justo para nós.
   Muitos criam os próprios estados emocionais negativos. Desesperam-se, entram em atrito interior e exterior, Refletem em tudo a decisão de serem impacientes, desequilibrados e tristes. A felicidade está na virtude, a virtude está na paciência e no equilíbrio, e esses estão em Deus. Jamais devemos perdê-los, por mais forte que seja a tempestade. Em qualquer circunstância exterior ou interior nos pressionando, lembremos que tudo passa como nuvens perseguidas pelo vento. Seja forte, mas também suave para ter domínio e equilíbrio sobre as ondas. Assim seremos melhores “surfistas” sobre todos os pontos negativos e a vida será mais agradável, construtiva e plena de acertos e de paz...
 “Albert Einstein disse: Viver é como andar de bicicleta. É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio.” Muita paciência e equilíbrio para todos nós, para sermos bons exemplos na vida...
 
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Data: 20/06/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

O ESSENCIAL E O DISPENSÁVEL...

   Cada um tem a sua visão de essencial e dispensável. A natureza traça os limites à nossa organização, mas alguns alteram-na, criando necessidades artificiais. Uns buscam a conquista desenfreada dos valores materiais, outros buscam só os valores espirituais...
   O filósofo grego Diógenes não tinha interesse por coisas materiais. Dizia que para sermos felizes devemos nos libertar do supérfluo, limitando-nos ao necessário. Ele andava descalço, usava só uma túnica, dormia em um barril. Um dia encantou-se ao ver um menino tomando água com as mãos e jogou fora também sua caneca. As notícias sobre ele espalharam-se, chegando até Alexandre; Rei poderoso que ninguém ousava desafiar e esse foi conhecê-lo. O filósofo tomava o sol da manhã quando Alexandre aproximou-se e disse: “Peça o capricho mais sofisticado; ouro, jóias, terras, e eu te darei”. Diógenes olhou Alexandre e falou: Eu só peço, por favor, que se afaste para o lado, pois está na frente do que realmente me é necessário: O SOL.
   Devemos cultivar valores espirituais sempre, mas nós ainda precisamos de coisas materiais. A diferença é se os buscamos de forma normal ou nos perdemos pelos labirintos dos “minotauros” da vida, só pelo ter, conquistar.  Jesus diz: “Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração”. Não se inquietem pelo que comer ou beber, onde dormir e o que vestir. Observem os pássaros do céu. Nada guardam em celeiros, mas Deus os alimenta. Observem os lírios do campo. Não tecem, mas nem Salomão se vestiu como um deles”. Jesus refere-se às preocupações exageradas, mas não sugere cruzarmos os braços e pararmos no tempo. Ele fala “Meu Pai trabalha até hoje e Eu trabalho também”. Alerta-nos para não nos estacionarmos, mas evitarmos o dispensável em detrimento do essencial. E ensina: “Busquem antes o Reino de Deus e Sua Justiça e outras coisas lhes serão acrescentadas. Não se inquietem pelo amanhã, pois o amanhã cuida de si”.
   Deus proporciona inteligência para todos se melhorarem, desenvolverem. Impele os seres às pesquisas de meios p/ realizarem, leva a descobertas e invenções que aperfeiçoam a ciência e ela proporciona o necessário.
   No dia-a-dia há muitos exageros e equívocos. Muitos comem além do que o estômago comporta. Um comercial de remédio mostrava uma mesa imensa e pessoas comendo. Um degustando um frango inteiro, outro com um pernil cheio de gordura escorrendo no rosto, uma com bacia de macarronada e três sorvetes já aguardando. Um festival de comidas e devoradores, como se o mundo fosse acabar. O estômago já não suportando e eles empurrando mais comida, tomando muitas bebidas, até entornando pelos cantos da boca. Algo inspirado nas “festas dionisíacas”. Mas há os que não comem, fazendo dietas sem critérios e sem consultarem médicos. Parecem tábuas de tão magros, mas enfraquecem, adoecem. Depois comem tudo de novo e ocorre o “efeito sanfona”, engordando-emagrecendo. Muitos surtam e, sem necessidade fazem plástica porque o outro fez. Cismam e fazem várias “plastificações”. Alteram-se tanto, puxam dalí, esticam daquí, e quando riem o joelho dá um estalo, andam e as orelhas mexem. Devemos cuidar do corpo, pois ele é o instrumento de nossas realizações, mas sem adorná-lo. Banhos de horas, contemplação narcisista no espelho. Uma conhecida usa um perfume para cada dia da semana. Um no trabalho, um para estudar, um para dormir, um para passear e namorar. Esse ela não usa mais, pois o namorado não agüentou e caiu fora.
   Todo mundo gosta de usar roupa legal e não devemos mesmo sair desgrenhados e sujos. É bom ficar apresentável, dentro do estilo pessoal. Boa aparência não é sinônimo de requinte afetado nem de simplicidade sem cuidados. Vestir algo legal é tudo de bom, mas é nosso próprio magnetismo que conta. Uns vestem-se de forma normal, outros como um “polvo vestido de árvore de natal”. Uns precisam de um turbilhão de coisas lotando o guarda-roupa. Meu vizinho tem um relógio para cada dia do mês. Anda com o braço esticado, olhando fascinado e já deu várias trombadas com pessoas e postes. Ter o necessário é bom, mas dividirmos com quem nada tem é ótimo. Os compulsivos compram até onde não vende nada. Uma coisa é guardarmos uma lembrança querida, os nossos pertences, mas uns guardam tudo e dizem: “Deixa aí que ainda serve”. A coisa até mofada, o dono não usa nem libera para ser útil a alguém. Quem divide o que tem, multiplica os tesouros da vida. Em visita a uma pessoa, vi sobre sua estante uma imensa pedra marrom-esverdeada (de lodo e poeira). Vendo-me olhar a pedra, ela disse: “essa pedrinha está aí há muitos anos e não deixo tocarem nela”. Eu pensei: percebe-se. Ela continuou: “é a lembrança de quando tropecei nela ao ver meu primeiro namorado”. Presenciei também na rua mais movimentada de nossa cidade, uma mulher chorando nervosa porque perdeu um palito de fósforo queimado que ela guardava há décadas, lembrança do dia que viu um Presidente da República. “Onde está nosso coração, aí está nosso tesouro”. É fundamental vivermos com o útil, não nos embriagando com o inútil. Disciplinarmos nossas vontades e hábitos, evitando aborrecimentos e conflitos interiores. Uma vontade bem canalizada proporciona realizações grandiosas. Somos o que pensamos, sentimos e realizamos, não o que possuímos. Os bens duradouros são os bons sentimentos, atitudes nobres, conhecimentos, virtudes. Somos administradores dos valores que nos foram confiados e prestaremos conta das concessões Divinas que passaram pelas nossas mãos.

Distribuamos os valores que temos em nós, consolemos, alegremos, fortaleçamos, auxiliemos, amparemos, amemos mais a todos, pois isso nunca é dispensável. Isso é essencial... Aliás, Antoine de Saint-Exupéry nos diz: “O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS”...
   Sugerimos a leitura do livro “Horizonte Perdido”, de James Hilton, ou sua adaptação para o cinema, direção de Charles Jarrot, pois, além de ótimo, tem relação com nosso artigo.
 Encerramos nosso comentário com esta oportuna mensagem de Chico Xavier.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros apenas o necessário...

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Data: 17/05/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
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VALORIZAÇÃO DA OPORTUNIDADE DE SER ÚTIL...

   Meditando na grande oportunidade da existência na Terra, objetivando evolução geral dos seres, lembrei-me de Jesus trazendo a Boa Nova às pessoas, Paulo de Tarso, Simão Pedro e outros, atravessando desertos e estradas, sob chuva, calor, frio, pedradas, mas levando o Evangelho do Mestre a todos. Cristãos foram queimados em fogueiras, pregados em cruzes, devorados por feras, mas todos confiantes no Cristo de Deus. Queimaram os corpos de cristãos fervorosos, mas não queimaram a essência das idéias.
  O Evangelho é repleto de convites à prática do amor, do bem e da caridade. Destacamos quando Jesus diz a Pedro e outros: “Venham comigo e eu os farei pescadores de almas.” Convite também para nós, pescadores-discípulos do presente. Novos tempos e idéias! Hoje não somos devorados, crucificados ou queimados nas arenas. Há ainda as cruzes de egoísmo, orgulho e egocentrismo, as fogueiras de vaidade, preconceito e materialismo, as feras de arrogância, ignorância, desculpismo, preguiça, descrença e outros tropeços que estão no íntimo de muitas pessoas invigilantes e que ainda não encontraram Jesus.
   Gandhi, Buda, Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier e outros, embora com problemas orgânicos e dificuldades, trabalharam sempre por amor aos sofredores. Somos livres e temos oportunidade de contribuirmos na implantação do Reino de Deus na Terra, através da prática do bem. Em Mateus, 5:47, Jesus pergunta: “Que fazeis de especial?”. Jesus se refere a cada um de nós FAZER A DIFERENÇA. Meditemos nisso.
Um homem muito rico ofereceu grande prêmio para quem plantasse, em menos tempo, mais árvores frutíferas. Uns não se animaram e preferiram dormir, alegando já terem trabalhado muito. Outros decidiram permanecer só nos habituais divertimentos. Alguns disseram que tinham que trabalhar e não dispunham de tempo. Os interessados ficaram divididos e perdidos em discussão sem fundamento, solicitando ferramentas maiores, indecisos entre plantar sementes ou mudas. Enquanto discutiam, um homem inteligente e objetivo cavou a terra, plantou muitas espécies frutíferas e ganhou o grande prêmio.
   Se Pedro, Paulo, Madalena, Zaqueu, Dimas e outros que Jesus convidou, perdessem tempo discutindo condições pessoais ou ferramentas ideais, jamais seriam exemplos de cristãos. Nunca deixemos para amanhã o que podemos realizar hoje, pois é este o melhor momento para EDIFICARMOS muitas coisas positivas em nossa vida e na vida da coletividade. O mais imponente edifício começa com um pequeno tijolinho. As melhores oportunidades estão em nós e podemos mobilizá-las, purificando emoções para ajudarmos o próximo, sublimando pensamentos e sentimentos para entendermos melhor esse próximo, espiritualizando-nos e humanizando-nos mais para amarmos todos os próximos. Mas é fundamental eliminarmos o desânimo e sermos úteis. Olhemos à nossa volta! Sempre há alguém esperando, precisando de um pensamento, um sentimento, um olhar, um gesto, uma atitude que fará a grande diferença na vitória do amor, do bem, da vida.
  “Um homem caminhava por extensa praia, quando observou um vulto fazendo largos movimentos em direção ao mar. Aproximando-se do lugar percebeu que o rapaz apanhava estrelas-do-mar e as jogava no oceano. Aquele homem desejou então saber porque o rapaz fazia aquilo. O jovem muito simples, explicou que a maré estava baixa, o sol muito quente e isso queimaria aquelas estrelas. Com ar zombador, o homem disse: “Meu filho, quanta ingenuidade! Então você não sabe que há milhões de estrelas-do-mar sendo queimadas em milhares de praias? Não perca mais seu tempo, pois a sua atitude não fará a menor diferença.” O rapaz, que em nenhum momento parou de jogá-las no mar, apanhou mais uma estrela, a lançou no oceano e respondeu: “O Senhor está enganado. Para esta que acabei de lançar no mar e todas as outras que ainda devolverei a ele, fará toda diferença.”
  Contribuamos com o rendimento da vida. Todos podemos ser “CATADORES DE ESTRELAS”. Elas estão em toda parte: nas ruas, nos lares, no trabalho, na religião, na vida. Basta olharmos e as veremos. São os seres que precisam de nosso amor, apoio, amizade, compreensão, carinho, força e solidariedade. O dever lealmente cumprido mantém a saúde da alma. Voltaire diz que o trabalho afasta de nós 3 grandes males: tédio, vícios e necessidades inúteis. Aristóteles confirma que o prazer no trabalho aperfeiçoa a obra. Ralph Waldo Emerson garante que nunca é perdido o tempo dedicado ao trabalho. Conscientizemo-nos de que vestindo a camisa, abraçando a causa de Jesus, não fazemos favor a ninguém. Só cumprimos o nosso dever de atuação contínua como cristãos. Jesus nos diz: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”(João, 5:17). Não percamos as oportunidades oferecidas, que batem à nossa porta! São chegados tempos de mudanças! Não deixemos para amanhã, pois é sempre mais difícil quando negligenciamos o hoje! “Futuro feliz, com saúde, felicidade e paz, somente com trabalho se faz!” Precisamos analisar se só estamos no Cristianismo ou se O CRISTIANISMO já está pleno em nós...
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Data: 13/05/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
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A ARTE DE FALAR E DE OUVIR...

    Jesus disse: “Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça”. Fatores fundamentais: 1º- Atenção  para ouvirmos os convites de Deus. Emmanuel diz: “Quem fita o céu de relance, não enxerga as estrelas, e quem ouve uma sinfonia, sem abrir a acústica da alma, não lhe escuta as notas divinas”. Lemos no Evangelho: “Todo aquele que escuta as minhas palavras e as pratica, é semelhante ao homem que edificou a casa em rocha firme”. 2º- Silêncio para ouvirmos nosso interior; sentimentos, emoções e pensamentos. Devemos saber se o que temos no íntimo e enviamos aos outros é agradável, bom e útil. Em Eclesiastes fala: “Há tempo de falar e tempo de silenciar”. 3º- Esforço para ouvirmos os outros. Não podemos esquecer de dar tempo para o outro também falar. Vejamos algumas sugestões de Madre Tereza de Calcutá, André Luiz, Joanna de Ângelis, Gandhi e outros sábios de ontem e de hoje, sobre o FALAR E OUVIR...
- Ouvindo palavras erradas, verbos mal conjugados, saibamos ouvir a intenção do que foi dito, sem nos prendermos tanto aos erros gramaticais. Não nos tornemos “críticos de plantão”. Eles ADORAM comentar erros alheios e sempre têm papel e caneta para anotá-los. E dizem: “Ele falou errado 15 palavras, conjugou 8 verbos de forma irregular, tropeçou 5 vezes e errou ao pronunciar o nome do autor francês”. Mas se indagamos do tema, dizem: “Não sei”. Gravam erros, mas não escutam a essência. A letra mata, mas o espírito vivifica.
- Ouvindo comentários negativos, tenhamos coragem de enviarmos para o arquivo do esquecimento. Diante de fofoca e maledicência, alguns até dilatam os ouvidos e a boca treme de tanta vontade falar. Rir faz muito bem à saúde, mas depende do que rimos. Um dia alguém me falou: “Vou te contar uma piada engraçadíssima sobre Maria de Nazaré”. Eu disse: “Piada sobre a Mãe do Mestre Jesus? Ela não é motivo de piada”. Mas ele disparou a falar e  rir do que dizia. Vendo-me sério, parou, sentindo-se ofendido e disse: “Nossa, você é frio e sem educação. Uma piada ótima e você com essa cara de parede desbotada. Alô, marciano, você está fora do seu planeta”. O Apóstolo Paulo ensina: “Tudo é lícito, mas nem tudo convém”.       Thomas Edison tinha dificuldade de audição. Quando perguntarem se isso atrapalhava, respondeu: “A surdez nunca foi um problema para mim, pois me encaminhou ao estudo e eu ganhei rapidez de raciocínio. Ocupado com o útil, me desligo das conversas inúteis”. André Luiz diz que o mal não merece comentário. Falar o bem EDIFICA e dá saúde física e moral.
- Ouvindo situações cotidianas pessoais, evitemos interrogatório, julgamento, malícia e precipitação. Uma moça procurou ajuda, pois estava com problema no relacionamento. O ouvinte logo mandou perguntas: “Ele te traiu? Tem outra? Te agrediu? Estou vendo lesões no seu corpo! Ligue já pra polícia e denuncie!”. Falou direto por uns 20 minutos. Quando ela pode “usar a senha”, esclareceu que não era nada daquilo. Apenas os pais do noivo queriam que se casassem na Itália, onde moravam. O escritor Malba Tahan conta que dois homens falavam de outro que estava ausente. Um disse: “O fulano é ótima pessoa, excelente pai, educado, honesto”. O outro disse: “Pois ele falou justamente o contrário. Que você não é educado, honesto, bom pai. Aliás, ele falou coisas terríveis sobre você”. O que havia falado bem, considerou: “É bem provável, meu amigo, que estejamos enganados um sobre o outro”. Meditemos com muita atenção neste caso, pois tem muito fundamento em nossa vida diária.
   Alguns estão perdendo a habilidade de ouvir os outros. Falam sem fôlego, atropelando com as palavras, querendo ser o centro das atenções, em competição egocêntrica. Um fala e o outro fala mais rápido, como nos antigos faroestes, onde vencia o mais rápido no gatilho. Não conseguem ouvir sem atravessar com o seu próprio discurso ou antecipam as idéias. Conheço alguém que tem o hábito de falar sem ouvir ninguém. Certa vez, um amigo nosso quebrou o pé e nós o levamos ao hospital. Saí de férias, e quando voltei, perguntei por ele. Ela nem me ouviu e respondeu: “Ontem eu assistia à novela das sete, o síndico me chamou para mais uma reunião chata, eu lembrei de meu avô que mora no Piauí, a minha amiga não toma mais café, a gatinha Charlotte teve 8 filhotinhos e eu vi uma bolsa roxa e abóbora linda, meu marido via o jogo e gritava com os amigos, eu senti dor de cabeça”. Quando ela pausou eu perguntei: “E o moço, melhorou o pé?” Ela respondeu: “MELHOREI. Eu tomei bicarbonato”. Recordemos de Narciso, apaixonado por sua própria imagem refletida na água. Não sejamos egocêntricos e apaixonados por nós, além do normal. Valorizemos os outros também. Respeitemos quem nos fala, dando a atenção necessária sempre, para sermos úteis. A arte está em falar e ouvir no momento oportuno. Isso deve ser cultivado com familiares, amigos, colegas, pois é excelente oportunidade de aprendermos mais sobre a vida e seus valores...
   Tomás de Aquino estava concentrado em seus estudos e algumas pessoas riam. Um decidiu pregar-lhe uma peça, dizendo: “Mestre, veja pela janela! Lá fora há um boi voando”. Ele levantou-se e foi até a janela. Não vendo o boi voando, voltou e encontrou o grupo às gargalhadas. O outro perguntou irônico: “O senhor é tão inteligente, conhece tudo, como acreditou que havia mesmo um boi voando?” E ele respondeu tranquilo: “Eu preferi acreditar que o boi estava voando a pensar que você usaria a palavra para me enganar”. Diz Joanna de Ângelis: “A ARTE DE FALAR E DE OUVIR DEVE SER A CIÊNCIA DE AJUDAR”...
Colocamo-nos à disposição para troca de idéias, perguntas, comentários e novas amizades. Abraços a todos de Descoberto; cidade muito especial para mim e também às cidades vizinhas.
Ademir Fernandes de Sousa: ademirferso@hotmail.com   ademirferso@yahoo.com.br  
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Data: 03/05/2010
Postado por: Ademir Fernandes de Sousa (ademirferso@hotmail.com)
Centro Espírita "Amor ao Próximo" - Juiz de Fora - MG

AFETIVA GLOBALIZAÇÃO HUMANA...

O Apóstolo Paulo de Tarso, escrevendo à comunidade de Éfeso, com propriedade diz: “Andai como filhos da luz.” - (5:8). Ele fala da importância de seguirmos a vida da melhor forma possível. Seu recado não se limita aos povos da antiguidade, mas aos seres de todos os tempos. É atual e oportuna, pois tudo que pode nortear e melhorar a existência tem caráter sempre positivo. Entre muitas coisas que Paulo nos diz, sugere a busca de uma direção para nossa vida, com menos tropeços e mais acertos, fugindo da escuridão, expandindo sempre as possibilidades de iluminação interior a nós mesmos e a quem nos cerca. É questão de opção pessoal, pois somos livres para definirmos as diretrizes para nossa caminhada evolutiva.

Refletindo na colocação do respeitável seguidor de Jesus, pensei no filme “O jardim secreto”, dirigido pela polonesa Agnieszka Holland, da Varsóvia. Além de ótimo roteiro, direção, elenco, etc, nos leva a refletir sobre aspectos cotidianos que nem sempre analisamos com atenção, perdendo com isso a oportunidade de partirmos do simples para chegarmos ao profundo e essencial. Há no filme uma frase belíssima e de imenso valor meditativo. “Quando olhamos na mesma direção, a vida se torna um imenso jardim’.
Uma das coisas mais importantes na nossa existência é a direção que damos ao nosso olhar, aos nossos pensamentos e sentimentos, às nossas atitudes e palavras, considerando o futuro que desdobra-se por milênios diante de nós, lembrando que temos pela frente a eternidade.
Olharmos na mesma direção e transformarmos a vida em imenso jardim significa caminharmos juntos buscando o progresso, a felicidade, o sucesso da coletividade. Mesmo com a diversidade necessária e cada pessoa como universo individual, vivenciarmos o universo coletivo, onde somamos objetivos, sonhos e ideais, sem tantos separatismos raciais, religiosos, políticos, sociais, pois a participação de todos produz um melhor rendimento da vida e nos dá um sentido existencial mais forte e pleno, nos faz sentir parte do todo e não uma ilha isolada no meio do oceano. Há idéias, conhecimentos, aptidões, tendências, objetivos diferenciados, cada um com seus valores que devem ser respeitados. É a soma de todos que beneficia a solidariedade.

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes diz: “Solidários seremos União. Separados somos pontos de vista. Juntos alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à procura de tudo com que já nos encontramos honrados pela Divina Providência”. Olharmos na mesma direção é lembrarmos que todos têm importância para um melhor aproveitamento do tempo que nos é doado por Deus. Não há ser humano desprovido de utilidade, nem alguém absoluto, insubstituível e superior. A vida é bem mais agradável quando olhamos na mesma direção, embora diferenças e individualidades, quando caminhamos lado a lado, todos valorizando e apoiando todos, interessando-se por todos, somando e fortalecendo esforços. Na música “Baby”, embora sua forma simples, é de uma profundidade considerável, pois nos fala da importância de uns saberem e se interessarem pelos outros, se conhecerem, vivenciarem maior aproximação. Chamo isso de “AFETIVA GLOBALIZAÇÃO HUMANA”.

Conta um escritor da Califórnia, que um astronauta americano corria pelo Central Parque- Nova York, fazendo exercícios, quando percebeu que outro homem corria ao seu lado. Às vezes corria de costas à sua frente ou mudava de lado, mas sempre lhe sorrindo. Incomodado com aquele desconhecido, passou a imaginar coisas. Sabemos que o pensamento é muito rápido, criativo e tem facilidade imensa para julgar. O astronauta conjecturou várias possibilidades: Aquele homem poderia ser um bandido perigosíssimo para assaltá-lo e matá-lo no final da corrida. Trêmulo, já até via uma faca ou revólver escondido sob a roupa do homem. Talvez fosse um louco fugitivo de hospital e, com certeza criaria sérios problemas. Pálido, já percebia sinais anormais no outro. Ou seria alguém querendo assediá-lo sexualmente. Transpirando, observava claramente os olhares libidinosos e sinais sensuais e lânguidos do homem. Quando esse pensamento tocou sua mente, ele parou como alguém fulminado por um raio. Olhar furioso, punhos de pugilista, pensamentos de gladiador, já quase enforcando o homem, além de outras coisas, disse aos gritos: “O que foi? Está rindo por que? Quem é você? O que quer de mim? Por que está me seguindo? Quer que eu chame a polícia ou te prenda eu mesmo?” O homem ouviu as cataratas de perguntas e ameaças, e muito constrangido respondeu: “Calma, meu amigo, você não está me reconhecendo?” O astronauta aos berros, respondeu com “voz de Tiranossauro Rex”: “Claro que nunca te vi, seu esquisito! Mas eu sei o que quer e garanto que jamais farei isso, entendeu?” Muito sem graça, o homem explicou: “Desculpe-me pelo incômodo. Eu sou casado, tenho filhos, sou seu vizinho e moro há 23 anos ao lado da sua casa. Eu só queria sua amizade porque me disseram que você é uma pessoa educadíssima”.

O astronauta conhecia o espaço, a lua, alguns planetas, mas não tinha tempo para conhecer os vizinhos mais próximos.  Nós precisamos dar mais atenção às pessoas que chegam até nós, não precipitarmos nos julgamentos, amadurecermos a análise antes de rotularmos, vermos alí o nosso próximo. JESUS sugere agirmos com os outros da mesma forma que esperamos que façam conosco. E mesmo se aquele homem se enquadrasse em alguma das hipóteses, merecia respeito como ser humano. Tomar cuidado é necessário, mas sem alimentar discriminação.

E Gal Costa, canta: “Você precisa saber de mim...,Baby...” Olharmos na mesma direção, andarmos como filhos da luz é  sermos solidários e colocarmos óculos com lentes próprias para enxergarmos os outros seres humanos sempre por um prisma melhor, convivermos e  respeitarmos a diversidade, dando-nos as mãos, trazendo todos para perto, contribuindo assim para um mundo melhor, para a implantação do Reino de Deus na Terra, com mais justiça, amizade, amor, solidariedade, apoio mútuo, e principalmente, sem preconceito, ódio, indiferença e distância. Jesus ensina que o Reino de Deus está dentro de cada um... Isso se fortalece com a prática, andando mais iluminados, plantando mais flores e frutos pelo caminho.
Iniciamos e encerraremos com Paulo de Tarso. Na carta aos romanos diz: “Sigamos, pois, as coisas que contribuem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” – (14:19).

Colocamo-nos à disposição para troca de idéias, perguntas, comentários e novas amizades. Abraços a todos de Descoberto; cidade muito especial para mim e também às cidades vizinhas.
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